A revista americana Forbes, cujo foco é o mundo dos negócios, dos poderosos e dos ricos, voltou seus holofotes para a figura de Neymar, afirmando que o jogador santista tem uma despesa superior aos seus ganhos, o que em pouco tempo poderá lhe inviabilizar financeiramente. A ser verdadeiro o rol das despesas e gastos do rapaz não haverá salário, nem cachês publicitários, nem clipe de cantor sertanejo universitário (a que ponto chegaram as universidades...) para fazer face a gastança.
O interesse neste momento é outro, ele remonta
a conquista paulista do título em 2010 pelo Santos e seu ataque arrebatador e
mágico com Robinho, Ganso, André e Neymar,
onde os caras jogavam como se fossem peças de videogame. Tudo dava certo, tudo era encantador e acima
de clubismos e paixões. Havia ali, a essência do futebol brasileiro, um misto
de habilidade, técnica refinada e da malandragem nacional, menos as
comemorações da serie infindáveis de gol, com dancinhas previamente ensaiadas e
uma atitude claramente de humilhação ao adversário tombado. Era visível estas
intenções desmoralizantes, revelando que Neymar
tinha que aprender muito ainda como esportista e muito mais como homem, como
cidadão.
Ontem, na partida contra o Barcelona de Itinga, na Vila
Belmiro, a quem nem gostaria de me referir, a cena patética da comemoração
do seu primeiro gol, gol de Neymar,
e do Santos foi visível o seu
chamamento para a execução daquilo que haviam preparado na concentração ou no
treinamento no dia anterior, como comemoração ao gol marcado. Na sua expressão
e nos passos da coreografia havia uma superioridade afrontosa, como se os gols
de uma implacável goleada fossem surgindo no momento que ele o maestro e coreógrafo
quisesse. E eles os gols não vieram, muito pelo contrário, como não vieram na
final das Olimpíadas de Londres,
contra o México onde sua pálida e
covarde figura é algo prá não se esquecer jamais, pois 2014 bate à porta.
Foto: Neymar e amigos (fazendo o que gosta)
Foto: Neymar e amigos (fazendo o que gosta)