Sem cobrar direito autoral ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela difusão da prática utilizada por ele para permanecer mais quatro anos no poder, aliciando e comprando parlamentares para a alteração constitucional que lhe permitia o mimo desejado, a mídia tucana derramou o seu ímpeto inquisitorial sobre o inimigo de todas as horas, o Partido dos Trabalhadores, ou o que dele restou. Assim como a eleição do ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo foi uma miragem e apenas seguiu o script bolado (de bola corruptora) do chefe e tudo ficou em casa com a conivência com que são tratados os amigos, pois o foco era outro.
E o foco era o “mensalão” do PT e o ex-presidente Lula, este ex-sindicalista que nunca soube qual era o seu lugar no engenho, se intrometendo em assuntos e na direção da casa grande, deixando os seus afazeres na parte que lhe cabia na senzala. “Nunca se viu na história deste país” um massacre midiático tão intenso e desproporcional como o engendrado pela mídia tucana e golpista com figuras exponenciais do partido dos trabalhadores. Cada texto que se leu cada colunista que se pronunciou em redes TV, cada âncora de telejornais dos últimos meses era perceptível alem de cada palavra, cada frase, cada entonação, a baba visguenta do ódio e lhe escorrer pela boca, nos olhos rútilos de um carrasco a espera do sangue derramado.
Pois afinal o grande dia chegou, após a repercussão do escândalo martelado a cada dia, onde a suposição do crime cometido foi transformada em julgamento, condenação, execração pública, difamação e em que Supremo Tribunal Federal parece mero corroborador do que a mídia tucana já julgou e condenou. Ao STF caberá apenas a sentença com as penas a serem aplicadas, pois a VEJA, O Globo, O Jornal Nacional, a Folha, o Estadão já fizeram o trabalho que competia aos juízes ministros, procuradores e advogados. Até a idoneidade e a isenção de alguns ministros foram postas em xeque. E como a pretensão sempre foi a diretriz desta mídia golpista, ela bem que gostaria de ver togados Dora Kramer, Ricardo Noblat, Merval Pereira, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, nos assentos de determinados juízes
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