quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Poluição visual e política.

Na campanha eleitoral deste ano foi proibida a utilização,  pelos candidatos, de “outdoor” como meio de propaganda política, por ser um instrumento de marketing pouco acessível, pelo seu custo, a todos os candidatos, criando uma desigualdade na disputa pelo o voto do eleitor. Pode ser. Isto não impediu que, por outro lado, se criasse um espetáculo desolador de poluição visual e desorganização pública, entre outras, pelas avenidas de vale e pelos corredores de tráfego das cidades, como por exemplo, em Salvador.

Placas, cavaletes, pequenos e rasteiros “outdoors” se amontoam pelos canteiros das pistas e sobem as encostas onde políticos em exposição parecem rir do abandono e da bagunça da cidade que eles pretendem administrar e legislar contra e a seu favor, caso eleitos. Se a proibição do uso de “outdoor” fosse desaguar neste tumulto visual, melhor que deixassem os próprios espalhados pelos locais da cidade onde uma legislação municipal impõe, disciplina e organiza sua colocação. Como está, é um verdadeiro salve-se quem puder, onde os candidatos brigam por um pedaço de pista e naco de encosta para colocar sua cara ou careta excessivamente colorida.

Chama a atenção neste festival de humor negro como eles, os políticos e candidatos, se apresentam após seções de “fotoshop” e muitos retoques em suas caras lustradas, sem manchas, sem rugas, pele luzidia como bumbum de bebê. Sempre rindo da eleitor eventualmente crédulo em suas frases de conquistas e palavras de ordem como mobilidade urbana, sustentabilidade, geração de empregos, melhoria na educação e atendimento na saúde pública. Paguem prá ver e não verão!

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