Quem imaginava ter feito a assepsia de seus ouvidos, ter se livrado do entulho musical através do esgotamento de execução de “Ah, se eu te pego” ou “Eu quero tchu, eu quero tchá”, se enganou total e eleitoralmente. Não há uma campanha política, seja no interior ou na capital de qualquer estado que não tenha se apropriado daquele lixo sonoro em suas paródias eleitorais.
Até o candidato do PSDB paulista (e há outro?) à
prefeitura da capital, o cabeção José
Serra está azucrinando os ouvidos paulistanos com “eu quero Serra, eu quero
já”, como exemplo de que ninguém está imune à mediocridade. Mas, no caso,
por se tratar de um partido e um candidato “quatrocentão” esperava-se paródias
com o Bolero de Ravel, a Quinta Sinfonia de Beethoven ou trechos da ópera La Traviata de Verdi. No entanto, a elite
resolveu descer à planície, sujas as botas por alguns instantes de social
democracia, até para fazer jus a sigla que falsamente ostenta.
Charge: Bessinha
Charge: Bessinha
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