sábado, 30 de novembro de 2013

Bons momentos do The Voice Brasil.


Algumas “batalhas” entre os concorrentes do The Voice Brasil 2013 deverão ficar como pontos altos do programa ao seu término. Um deles foi a disputa entre Rafael Furtado e Nando Motta, do time de Lulu Santos, interpretando Eleanor Rigby numa versão pesada e com perfeito entrosamento entre os dois e, que o técnico preferiu Nando Motta, mas que Carlinhos Brown não deixou o Rafael Furtado na rua, acolhendo em seu time.

De igual modo a exibição de técnica vocal, balanço e emoção de Guto Santana e Pedro Lima na canção de Tracy Chapman, a bonita e serena Baby Can I Hold You em que ficou evidente a qualidade do canto do Pedro Lima, o escolhido, mas que Claudia Leite não desamparou o também bom interprete Guto Santana.

E finalmente o duelo entre Rully Anne e a baiana Julia Tazzi arrasando em uma canção da Alicia Keys, a incendiária Gril on fire, fazendo jus ao fogaréu do título em que Rully Anne pulou a fogueira com o braço amigo de Lulu Santos, seu técnico, mas que Claudia Leite puxou das labaredas a conterrânea Julia Tazzi, coisas de baianos. Todos estes momentos e outros mais estão disponíveis na rede, como registro da qualidade destes intérpretes em busca de um espaço no show business nacional e, que se não todos, alguns conseguirão.

Vídeo: Youtube (Rafael Furtado e Nando Motta)

Sob suspeita!


Por uma questão de lisura e de acompanhamento dos resultados ao mesmo tempo, as partidas do Campeonato Brasileiro nestas duas últimas rodadas deveriam, todas elas, ocorrer ao mesmo instante, no mesmo horário. Jogos aos sábados e domingos, em horários diferentes dão margens para que adversários interessados em resultados de jogos concluídos, de repente passem a facilitar ou dificultar uma partida não decisiva e que acaba ganhando este caráter. É o jeito CBF de ser; bagunça, dúvida, indefinição.

A suspeita de facilitação no jogo Cruzeiro x Vasco, provada ou não, já seria suficiente para estas precauções, mesmo que não se possa evitar a mala preta, a conversa em pé de ouvido ou arbitragens amigas, pelo menos se tentaria por os jogos dentro de uma situação de normalidade. A Serie B que prossegue hoje, já carrega também a dúvida quanto ao jogo Bragantino x Figueirense que beneficiaria este último em um possível afrouxamento do clube paulista, segundo os maus humores correntes. É esperar prá ver. 

Foto: Ilustrativa

Parada de sucesso dos gramados.


A recente conquista da Copa do Brasil, pelo Flamengo, trouxe para as paradas de sucesso o belo Hino Oficial do Clube, principalmente pelas emissoras de rádio do Rio e seus radialistas, torcedores como nós. Suspeito e passional como todo torcedor considero o hino do nosso clube como um dos mais bonitos de toda a cantoria clubística espalhada pelo país.

O curioso no caso do Hino do Flamengo é que ele criação do compositor carioca Lamartine Babo que também compôs hinos populares para 11 clubes do Rio, principalmente para os mais tradicionais e de grandes torcidas como Fluminense, Vasco, Botafogo e América o seu time de coração e por quem se descabelava como qualquer torcedor fanático. 

O meu fervor rubro-negro, no entanto, não impede de admirar a beleza da melodia e da letra do Hino do Fluminense em versos como “Salve o querido pavilhão/das três cores que traduzem tradição/a paz, a esperança e o vigor/unido e forte pelo esporte/eu sou é tricolor”. Mas, nada como o Hino do América, o clube de Lamartine Babo, seu autor, onde se ele não caprichou nas rimas e nos versos sobrou na melodia envolvente e guerreira como um canto de torcedor apaixonado: “pois a torcida americana é assim/ a começar por mim/A cor do pavilhão é a cor do nosso coração/em nossos dias de emoção/toda torcida cantará esta canção”.

Caso se queira dotar os hinos de um clube de futebol com a mesma paixão ufanista dos hinos nacionais eles não caberão, já que estão bem mais a serviço da festa, da farra, do amor incondicional ao seu clube do que propriamente a uma trilha sonora de tropas e batalhões que irão servir a pátria em qualquer missão. Não cabem em si, mas sustenta o fervor de quem canta “é meu maior prazer vê-lo brilhar/seja na terra, seja no mar/vencer, vencer, vencer/uma vez Flamengo/Flamengo até morrer” ou sem perder a pegada rubro-negra “eu sou um nome na história/eu sou Vitória com emoção/eu sou um grito de glória/eu sou Vitória de coração”. Som na caixa!

Foto: Maracanã - Vermelho e Preto


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nós apoiamos!


Foto: Campanha

Bola parada!

O Bom Senso Futebol Clube, grupo de jogadores das Series A e B do Campeonato Brasileiro devem deixar as atitudes de protestos em campo, cruzando os braços, sentando nos gramados, dando um abraço coletivo entre as equipes, antes do inicio dos jogos, para posições de fato radicais. Sem respostas da CBF e das Federações quanto ao seu rol de reivindicações pela melhoria do futebol brasileiro, o grupo de líderes do movimento avalia a possibilidade de paralisação das equipes, a recusa em entrar em campo, na deflagração de um movimento grevista, único e raro em nosso futebol e nesta categoria de profissionais.

A ideia, num primeiro momento, seria tomada pela equipe pernambucana do Clube Náutico Capibaribe, em razão dos meses de atraso de salários, reconhecido pela diretoria do clube, mas sem solução à vista. Pensando bem, seria uma decisão coerente e lógica, já que nas condições atuais, entrar em campo significa uma derrota anunciada, uma entrega de três pontos a qualquer adversário com quem o Náutico cruzar. 

Como a derrota é iminente, não entrar em campo evitaria custos, vexame, irritação e mais hostilidade dos torcedores além de economia para um vale, um adiantamento em troca de uma perda de pontos por W x O. Com todo respeito ao simpático Clube Náutico Capibaribe.

Foto: Jogadores do Náutico reunidos

Quem viver, não verá.


Charge: Simanca


The Voice Brasil - 28.11.13


O mesmo programa, mas outro. Os nove candidatos escolhidos por cada técnico, que são quatro, se apresentam em trio, embora cantando individualmente, formado na hora, no palco, ao vivo com a participação do espectador na escolha dos dois melhores, sendo um eliminado. Destes dois escolhidos pela participação popular, o técnico escolhe aquele que irá prosseguir no programa, afunilando a disputa pela nova voz do Brasil.

Os primeiros trios formados foram do técnico Lulu Santos e, a candidata Luana Camará abriu os trabalhos com um rock pesado do Guns N’ Roses, em uma interpretação arrebatadora como sempre são suas performances e, novamente foi a escolhida, mesmo concorrendo com a forte presença de Rully Anne. Do segundo trio do mesmo técnico veio um dos meus preferidos que sucumbiu ante Pedro Lima e a sua versão de I’ll be there dos Jackson 5, só que melhor, como se fosse possível. Fico claro prá mim que o vencedor poderá sair dos concorrentes do técnico Lulu Santos.

O segundo técnico Carlinhos Brown escolheu apenas um trio, os outros dois ficarão para a próxima edição do programa. Neste trio o destaque para a delicadeza e afinação de Raisa Rae em uma canção do Jota Quest, a suave e doce como ela, O Vento, que não resistiu ao vendaval de Rodrigo Castellani, com uma música do Paul McCartney que incendiou a plateia com uma vibração intensa e o técnico o escolheu. Eu ficaria com a Raisa Rae.

No desenrolar do programa vieram os candidatos do grupo de Claudia Leite, agora em formação de dois trios, onde permaneceram Sam Alves, com uma contida e doce leitura de Pais e Filhos, da Legião Urbana, como é a própria canção e, a visceral Kirstal, uma nordestina retada que antes de pisar no palco falou em peixeira, grito, berro. Não deu outra, pois Kristal soltou os bichos no quase manifesto anti-racista de Seo Jorge e Marcelo Yuka, seguindo a mesma agressividade que Elza Soares impôs ao cantar A Carne. Era deste grupo meus dois outros candidatos preferidos que ficaram pelo caminho, ao tempo que já fiz novas escolhas para o programa que segue, cada vez melhor.

Foto: Kristal

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Meninos do Brasil

Em casa, neste final de semana, voltei aos CDs e ao seu manuseio, em busca daqueles que há tempos não ouço, para transformar algumas faixas em MP3 como companhia sonora em minhas viagens e caminhadas habituais. Encontrei entre eles um CD de Moraes Moreira ainda envolto com o papel transparente, sinalizando a sua falta de uso e de algum presente que devo ter recebido e que não tive o devido cuidado de abri-lo. Talvez por se tratar de uma coletânea com as faixas mais representativas de sua carreira solo, após deixar os Novos Baianos e que embalaram (mesmo) muitos dos nossos carnavais nos anos 80. Estava tudo ali, entre saudade e prazer, Pombo Correio, Chão da Praça, Pessoal do aló, Coisa acesa, Grito de Guerra, Revoada entre outras não carnavalescas, mas que foram ouvidas intensamente, também.

Chamou a minha atenção a faixa Meninos do Brasil, que não me lembro de ter ouvido, nem ter guardado na memória a sua letra e melodia. De modo curioso o poeta Abel Silva, o letrista, lista nomes dos filhos dos amigos e dos integrantes dos Novos Baianos como “os Amaros, Morenos e Davis/Os Pablos, Pedrinhos/Todos esses guris/Vão botar prá quebrar/Lá pelo ano 2000”. Se não chegaram a quebrar, alguns deles se tornaram músicos criativos, a exemplo de Davi Moraes, filho de Moraes, que tentou carreira solo e por muito tempo fez parte da banda de Marisa Monte. Do mesmo modo, foram estes passos trilhados por Pedro Baby, filho de Pepeu e Baby, guitarrista excelente como Pepeu e faz parte da banda que acompanha sua mãe, Baby Consuelo e, mais recentemente foi destaque na banda que acompanhou Gal, sem seu show Recanto

Assim, como Moreno Veloso, filho de Caetano, que é músico e produtor musical, além de vocalista da Orquestra Imperial uma reunião de estrelas das mais variadas tendências, com foco na música brasileira tradicional, sendo que cada um mantém trabalho paralelo e diferenciado como Rodrigo Amarante, Nina Becker, Wilson das Neves, Thalma de Freitas, Moreno Veloso, Pedro Sá e muita gente mais. 

Fotos: Filhos dos Novos Baianos c/Baby

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!


Talvez não seja o mais fácil, mas com certeza é o caminho mais curto para se chegar à Libertadores, a Copa do Brasil. Menos jogos e concorrentes da Serie B ou mesmo C que vão ficando pelo caminho ao tempo que os times com elencos melhores e mais preparados vão adiantando na competição.

O nosso rubro-negro carioca não se sabe se por opção ou por limitação de seu time no Campeonato Brasileiro da Serie A priorizou a Copa do Brasil e se deu bem, tornando se campeão e acumulando em tricampeonato na competição. Em uma partida muito bem disputada em volta de uma torcida frenética que em nenhum instante deixou de prestigiar e acreditar no Flamengo frente ao Atlético Paranaense, o rubro-negro carioca foi merecedor do título, ao vencer por 2 x 0.

Para nos torcedores do Vitória era conveniente uma conquista do time paranaense, já que abria mais uma vaga no grupo seleto das equipes em disputa na Libertadores, sonho que deixei de acalentar, pelas dificuldades óbvias ante aqueles melhores colocados e que tudo farão para não perder posição nesta reta final. Nos torcedores do Vitória temos que festejar a campanha da equipe este ano no Brasileiro e não fazer um investimento para aquela disputa que talvez o orçamento do clube na permita. 

Assim, como o Flamengo e seu time limitado, sem estrelas ou referências, terá que fazer ao investir em pelo menos três ou quatro atletas de ponta para a sua participação na Libertadores não se tornar um fiasco decepcionante.

Foto: Flamengo - Campeão da Copa do Brasil

O gelo de Minas.


Em um sábado recente, na Barra, aguardava o momento de me juntar à multidão atrás do Farol, para mais uma atitude contemplativa diante de um novo por do sol, este espetáculo diário que a natureza nos proporciona, sem se repetir. Enquanto isso, fiquei em frente a um dos muitos bares do local, vendo lances da partida do Cruzeiro x Ponte Preta, em um telão de TV, jogos finais do Campeonato Brasileiro - 2013, com o time mineiro já praticamente campeão.

Em pé, fui convidado a sentar por um grupo que tomava cerveja e assistia com entusiasmo os lances da partida. Eram mineiros, cruzeirenses e atleticanos que trocavam amenidades esportivas, enaltecendo ou desmerecendo os times de Minas Gerais. Passei a fazer da mesa, dispensando a cerveja oferecida, já que trazia o latão da Schin a tiracolo e esperava o instante de me posicionar no Farol entre os assistentes do por do sol. 

Pela simpatia que tenho ao Cruzeiro me aliei àqueles que zoavam os atleticanos e o inicio e meio claudicantes nas partidas do primeiro e parte do segundo turno do campeonato. Em um desses momentos fui perguntado pelo cruzeirense se eu sabia que o Atlético era um time glacial, o que desconhecia. Foi explicado então que o hino do adversário traz o verso “nos somos campeões do gelo” o que ninguém sabe ao certo o que isto possa significar, já que o “hóquei sobre patins”, “esqui” ou mesmo “patinação” não são esportes populares ou mesmo praticados em Minas. Consultando depois o Hino do Atlético Mineiro, o estanho verso tá lá, de modo metafórico ou não, deve ser porque torcer pelo Galo não passa de uma gelada, uma fria, maledicência de cruzeirense.

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O que é que as baianas têm!

“Um abraço negro/Um sorriso negro/Traz felicidade/Negro sem emprego/fica sem sossego/Negro é a raiz da liberdade", o bonito samba do grupo Fundo de Quintal foi o cântico de encerramento da missa solene em homenagem ao Dia das Baianas, segunda feira, dia 25/11, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho.

A originalidade e o inusitado da celebração é que todos estes cantos ditos profanos foram acompanhados por instrumentos nada convencionais a um templo religioso, como agogô, caxixi e os atabaques do candomblé, num ritmo que impulsionava à dança, mesmo que não se quisesse dançar. Contagiante, pura emoção, tudo junto e misturado como foi a absorção pelo povo de santo dos símbolos do catolicismo, como forma de vestir um disfarce em sua verdadeira religião de matriz africana. Por algum tempo eles foram hostilizados pelos cultos tradicionais, algo que os evangélicos querem reviver numa especie de pataquada inquisitorial, só que agora contra a loucura e a fúria cristã, há a constituição, a justiça e o respeito aos direitos da pessoa humana, como a liberdade de culto.
Mas, finda a missa formou-se um cortejo em direção ao Memorial das Baianas na Praça da Cruz Caída onde foi servido um caruru, entre outras “comidas de santo” e o samba rolou até o final da tarde, com a apresentação de vários artistas locais. De folga na cidade não perdi a oportunidade de participar e presenciar esta demonstração de fé e de reconhecimento a estas ilustres presenças que colorem a paisagem urbana com a sua negritude, saia rodada, bata, torso colorido, colares, sorriso largo e simpatia que caracterizam as baianas de acarajé.

Fotos: Bocão News e pessoal

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Prata é ouro.

O que já é corriqueiro, o Antonio Prata em sua coluna, deste domingo, na Folha, nos leva de volta a um passado bom, que cada um de nós viaja em reminiscências guardadas no lado esquerdo do peito aos pulos e em soluços. Este derramamento de emoção foi possível graças ao recebimento de um email, quase carta, de um destes amigos de farra e festa nos delírios e nos projetos da nossa mocidade, que o tempo afasta para sempre ou por esporádicas visitas ocasionais. Emails que substituíram as cartas, este objeto de comunicação fora de uso e do conhecimento das novas gerações. 

Fui um carteiro contumaz, não entregador de correspondências, mas um escrevinhador de longas cartas a um amigo que por contingências estudantis partiu prá muito longe de nós. Eram cartas manuscritas em 08 ou 10 folhas de blocos, falando de saudade da terra, dos amigos, da mudança de hábitos e ares impostos pela cidade que nos acolheu, de músicas, de discos e livros, de política, de amores e de como éramos bons em um mundo mau. Os telefonemas nos finais das tarde dos domingos eram igualmente longos e repletos de recomendações sobre projetos que não se consumavam, mas que cretinamente jurava fidelidade e disposição para a sua viabilidade, sem efetivação.  

As cartas foram minguando em tamanho e em periodicidade até o seu total desaparecimento, quando raiou no horizonte a web e os emails. Eles voltaram a trazer a intensidade perdida, mas com uma economia nos textos até a sua total ausência. Sem cartas, telefonemas, sem emails somos uns velhos estranhos, desconhecidos, cheios de dedos e reticências em uma amizade que não fomos capazes de preservar, até voltarmos a viver e admitir a nossa solidão cotidiana, o único estágio possível para este silêncio e indiferença que nos iguala e nos aprisiona.  

Foto: Ilustrativa

A serie B clama por vocês.

Faltando duas rodas para o término do Campeonato Brasileiro de 2013, com o campeão definido, a expectativa recai sobre os que sobrarão no próximo ano, juntamente com o Náutico, já que as vagas para a Libertadores estão praticamente definidas. A luta contra o rebaixamento ganha destaque e adquire uma dimensão épica pela possibilidade de dois clubes cariocas, o Vascão e o Flusão colocarem suas canelas de outro contra os “pernas de pau” do Icasa, Asa, Oeste, Guaratinguetá, ABC etc.

Assim, a possibilidade de amaciamento do Cruzeiro na partida contra o Vasco, na rodada deste final de semana, ganha contorno de verdade, mesmo que a fala captada pelas câmaras de TV, onde Julio Baptista sugere aos jogadores do clube carioca mais um gol, o terceiro, possa estar deslocada de seu contexto e sem levar em conta que a entonação da voz possa expressar uma irritação e não uma conclamação elogiosa a mais um gol. Pode ser. Embora tudo que envolve clubes cariocas e paulistas, arbitragens e CBF está muito longe de concilio papal ou um piquenique das freiras dominicanas de Acari. O jogo é bruto.

Do mesmo modo que foi negado aos condenados do Mensalão, a presunção da inocência, visto a ausência de provas, poderia também ser aplicado ao clube mineiro e a declaração de seu atleta com a suposta benevolência ao Vasco, o mesmo “domínio do fato” que os juízes do STF encamparam para punir os políticos. Se não há uma comprovação real do dolo, então baseia-se na idéia de que qualquer coisa para beneficiar clubes cariocas e paulistas é possível, é fato. Causa admiração que um clube mineiro, fora do eixo do mal do futebol brasileiro, possa se prestar a ser boi de piranha nesta lambança carioca. Deixem que eles chafurdem, juntamente com sua crônica esportiva

Charge: M. Carlos 

domingo, 24 de novembro de 2013

Foi assim



Wanderléa foi a namorada de todos nós sessentões da Jovem Guarda. Tanto tempo depois, impressiona a sua jovialidade que parece imune aos anos e a carga de sofrimento em sua vida particular. 

Até aprendeu a cantar, com todo respeito e admiração, já que naquela época nos bastava a sua beleza, a sua e a nossa juventude. O cantar viria depois e veio com a confirmação em seu disco Nova estação, de 2008, em que ela canta músicas de Geraldo Azevedo, Luis Melodia, Chico Buarque (Mil perdões), Jonnhy Alf, Dolores Duran.

Mas, aqui, o registro e a lembrança ficam por conta de Foi assim um de seus grandes sucessos na Jovem Guarda, provando que saudade não tem idade, mas dói...

Vídeo: Youtube 

Sobral Pinto - Um brasileiro!


Foto: Sobral Pinto

Murro em ponta de faca.

Desde as cenas iniciais senti que choraria e, chorei. E veio em minha cabeça a frase de uma das canções “carro chefe” do Rei: “se chorei e se sofri o importante é que emoções eu vivi”. Sei não! É tudo muito mais, para quem viveu tempos tão turvos como aqueles descritos por Augusto Boal na peça “Murro em ponta de faca” em cartaz na Caixa Cultural e que trata das agruras de um grupo de exilados, como ele foi, em sua vida errante de enjeitado em seu país e por países latinos onde buscou abrigo.

O exílio reúne iguais no desterro, mas tão desiguais nas situações que os fizeram parte de um mesmo contingente, por razões ideológicas ou mero acaso de estar no momento certo, talvez, em lugares nem tanto. Assim, como o militante de esquerda revolucionário se vê de repente sob o mesmo teto de uma deslumbrada fútil, esposa de um professor alienado alheio ao novo mundo que se abriu tão bruscamente em sua vida. Opostos, mas unidos pela rejeição impostas pelo seu país às suas presenças como cidadãos, após o golpe militar de 64. É angustiante o clima, a desesperança, o sempre ansiado dia da volta que se torna cada vez mais distante, já que os países onde procuraram abrigo estavam passando por transformações tão ou mais radicais que aquelas vividas no Brasil e que determinou suas expulsões, suas fugas.

Augusto Boal, um inquieto e criativo homem de teatro, falecido em 2009, foi um desses brasileiros jogados ao mundo pelos militares e seu obtuso e cruel modo de conviver entre desiguais, embora irmãos. Boal fala de uma experiência própria já que ele também fora um exilado, mas sem perder a graça, o humor como ingrediente a driblar a solidão, a falta de seus amigos, de sua casa, discos e livros, de seu país.

É este universo sufocante o que o Grupo Espaço Cênico, de Curitiba, apresenta até hoje na Caixa Cultural, sob a direção do ator Paulo José que escreve no folheto de apresentação da peça um texto emotivo exaltando a figura de Boal e do jovem grupo de atores. Um trabalho que embora possa ser datado, pelo tema, pela situação, mas que se torna  indispensável como um crime contra a democracia que não pode se repetir, que não permitiremos este passo atrás, bastando o exercício cotidiano de nossa cidadania e conhecimento de nossa história. É quase didático para as novas gerações e para nós que vivemos o negror daqueles tempos ruins. “Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil”. 

Foto: Elenco curitibano de "Murro em ponta de faca".     

sábado, 23 de novembro de 2013

Em busca da beleza escondida.

Todas às vezes que venho a Salvador, mantenho o hábito de rever a Barra, o Farol, o Porto, a Feira do Mauá as sextas, o pastel de D. Cleide, o pôr do sol e o impressionante azul do mar da Bahia. Agora, tenho uma outra atividade observadora e fiscalizadora, as obras da nova orla de Salvador.
 
Caminhando ao lado dos operários da OAS, claro, e sendo abastecido por algum latão da Schin, nos bares que conseguem funcionar diante de tantos tapumes e intervenções, noto que mesmo sem qualquer noção de obra e de engenharia, que a quantidade de peões é tão alarmante grande que parece que um novo bloco invadiu a avenida, num carnaval fora de época
 
Mas, de perto os operários são meros figurantes de explicações, já que o peso do bloco cabe mesmo aos engenheiros e engenheiras, transitando daqui prá lá, de lá prá cá e dali para algum processo no tribunal de contas do município, não este, mas um outro, o do xerife Joaquim
 
Foto: Maquete da Nova Orla de Salvador. 

Um homem de visão.


Fonte: Blog Conversa Afiada

O segundo sol.

Quando o segundo sol chegar, para realinhar as órbitas do planeta” lido assim não se imagina que a frase tenha qualquer musicalidade ou caiba como verso de uma canção. Pois coube, e é uma das boas sacadas de Nando Reis, a música O Segundo sol, da qual Cássia Eller se apropriou como parceira da composição tal a sua entrega e familiaridade com aqueles versos.

Nando Reis desde que deixou os Titãs fez uma carreira vitoriosa, engatando um sucesso atrás do outro, como um cantor popular, mas que poucas delas resistem a duas ou três audições para que enfim se manifestem como derivação ou corolário do que já foi feito, uma espécie de mais do mesmo,  “samba de uma nota” sem a originalidade do samba de Tom Jobim e Newton Mendonça, imortalizado por João Gilberto.

Prefiro o Nando Reis dos Titãs e de Família, Os cegos do castelo, Marvin ou de esparsos sucessos de Marisa Monte, Cássia Eller ou de parceria com a banda Skank que resultou em Resposta ou Dois Rios e das citadas cantoras, Diariamente, Na estrada, ECT.

Foto: Nando Reis

The Voice Brasil - Maria Gadu.

Esta última etapa do The Voice Brasil, concluída nesta quinta feira, trouxe a novidade de colocar ao lado de cada técnico uma artista, cantoras e cantores, para dividir a difícil tarefa da escolha entre os candidatos em disputa. Cantoras e vozes pelas quais, coincidentemente, não tenho nenhuma simpatia, como a Gaby Amarantos, Maria Gadú ou Luiza Possi e que se mostraram em alguns momentos bem acima daqueles a quem vieram assessorar. 

Todos elas demonstraram um conhecimento do seu oficio, da arte de cantar, que abrilhantaram muito o programa, com uma carga de informação e de detalhes técnicos expressos em opiniões bem fundamentadas, originais e anos-luz de distancia de quem por exemplo repete a exaustão “é massa”, “gostei”, “tô emocionada”, “muito obrigada” entre outras trivialidades.

Como exemplo, cito Maria Gadu, a quem já soltei os cachorros aqui neste palanque sem público, por falta de um talento que não lhe atribuía, nem reconhecia, mas que de agora em diante prestarei mais atenção na atribuição e no reconhecimento destas qualidades que julgava longe dela. Não é bem assim; aliás, não será mais assim, Gadu ganhou! Abre a boca, canta, certa do que entoa e faz. Mea culpa.  

Foto: Maria Gadu

Porta dos Fundos.

Quem consegue assistir programas como Zorra Total, sem sentir no final um gosto amargo na boca, a sensação de ser naqueles momentos um grandessíssimo idiota ou um desejo incontrolável de se jogar do Elevador Lacerda, respire fundo, seus problemas acabaram. Não é novidade, eu sei, menos prá mim que chego sempre atrasados aos acontecimentos, como é um acontecimento a página na internet da Porta dos Fundos.

Pequenos esquetes com duração de 2 ou 3 minutos, tempo diminuto para tanto talento, mas a duração suficiente para momentos de humor desbragado, às vezes carregados de “non sense” e situações politicamente incorretas, lembrando Hermes e Renato na MTV, mas responsáveis por boas gargalhadas protagonizadas por um grupo afiado de bons atores e humoristas.

As redes tradicionais de televisão e grandes jornais já perceberam o talento dos caras, e é comum hoje vê-los nos vídeos ou nas telas dos cinemas como Clarice Falcão, Fábio Pochat, Gregório Duvivier, Rafael Infante, Luis Lobianco e muito mais.

A evangélica que leva a sua impressora para a igreja, na esperança e fé que o pastor opere um milagre e a faça imprimir o que se quer e não o que ela decide inclusive palavrões; ou da geladeira que manifestada só esfria do congelador para baixo, o congelador que é bom, nada; são situações impagáveis que só os verdadeiros humoristas são capazes de extrair o riso bom. É a rede, a da web, já que aquela de Marina tá mais prá esteira, impondo a sua rapidez, o imediatismo, como na cobertura dos acontecimentos de junho deste ano, da qual a “mídia ninja” é um fato, desnudando a noticia, sem glamour, sem censura, sem amarras; ao vivo e viva.

Foto: Porta dos Fundos - elenco

The Voice Brasil - 21.11.13

É um programa de televisão e, como qualquer programa de televisão que prima pela qualidade e pelo bom gosto, que é um padrão da TV Globo quando se trata de entretenimento, desde as primeiras imagens que este programa tem a obrigação de tomar o espectador pela mão, pelos olhos, pela emoção. Não foi diferente com a 3ª batalha do The Voice Brasil de 21.11.13 e a dupla formada pelo Lulu Santos com os excelentes Rafael Furtado e Nando Motta.

 Desde a primeira apresentação quando o niteroiense Nando Motta cantou o samba Nós de Tião Carvalho, com muito balanço e modernidade, que identifiquei nele um dos meus candidatos, e um provável finalista. Ontem então, foi a confirmação do grande talento do cara em sua arrasadora apresentação em dupla, interpretando Eleanor Rigby, que por um momento deixou a placidez de sua linda melodia para ganhar uma fúria roqueira graças ao arranjo perfeito para que ambos demonstrassem os artistas que são. Deu Nando Motta de quem já vi o vídeo umas “n” vezes e sempre descobrindo detalhes musicais que ficam encoberto no calor e na vibração que os grandes intérpretes nos causam. Mas, Rafael não ficou desamparado, já que foi pego pelo Carlinhos Brown que vai encontrar o tom e música ideal para sua voz rouca que faz lembrar Rod Stewart.

Fato semelhante com a baiana Julia Tazzi, que hoje se apresenta com sua banda Lily Braun no Sabor & Arte no Rio Vermelho e foi preterida em sua apresentação com Rully Anne na canção Gril on fire da Alicia Keys que não se revelou uma boa escolha para ambas, feita pelo Lulu Santos, mas deu Rully Anne, sem desamparar a nossa Julia Tazzi.

Mas,de baiano prá baiano, não podia finalizar estes palpites sem falar do conterrâneo Mayllsson que em dupla com Xandy Monteiro cantou Adeus, América. Na interpretação deles ficou evidente o excesso de floreios vocais que, aliás, tem sido uma característica discutível em quase todos os concorrentes, estes malabarismos na voz tão presente nos artistas americanos. Uma música que fala tanto de nossa brasilidade, Adeus, América, em contraponto com a influência americana em nossa cultura, tão bem realçada por João Gilberto neste samba do Haroldo Barbosa, pegou mal. O Mayllsson canta prá caramba e estas brincadeiras infantis com a voz, como a querer mostrar mais do que é e é muito, tornando-se desnecessária estes maneirismos musicais. Falei!

Foto: Rafael Furtado e Nando Motta

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os erros do meu português ruim.

Leitor habitual do Professor Pasquale Neto, ainda que “os erros do meu português ruim” continuem com a frequência que não gostaria e, me envergonhe, às vezes, é recorrente o prazer de sua companhia. Li em uma das suas últimas colunas, na Folha, uma história que mais parece uma pegadinha, mas tem lá escancarada a verdade escondida de nem sempre compreendermos o que lemos.

Andava ele por uma Rua de Belo Horizonte quando notou na garagem de uma residência, o desenho de um sinal de trânsito sobre a porta, um “E” maiúsculo cortado por uma diagonal, deixando claro que era proibido estacionar naquele local. Perfeita a recomendação, e o zelo pela sua comodidade, em seu patrimônio. Acontece que não satisfeito com o sinal de proibição, o proprietário escreveu em letras também maiúsculas e garrafais, a palavra NUNCA. Aí pegou para o professor!

Segundo ele, se o dono da garagem quis reforçar a proibição com a palavra “nunca”, o tiro foi dado no pé. O sinal de trânsito indicando, “é proibido estacionar” seria suficiente para configurar a infração aos desatentos, mas que deixou de ser com a negativa, ganhando outra leitura “nunca é proibido estacionar”. Liberou geral! A contundência da proibição poderia ter vindo com a palavra SEMPRE. “É isso”, como ele diz finalizando suas colunas.

Foto: É proibido estacionar

Até tu Têmis!


Charge: Cau Gomes

O Caldeirão (ou o mensalinho) do Huck.


A direção global até que tentou desmentir, não confirmar, mas as evidências eram tão claras que caiu por terra a dissimulação, reconhecendo afinal que o jovem Felipe Barbosa filho do "superstar" Joaquim Barbosa foi contratado para a produção do Caldeirão do Huck

Eu, você, nós dois e a torcida do Flamengo sabemos da imensurável capacidade de Barbosinha para as atividades artísticas, para a pirotecnia do espetáculo, da audiência, afinal quem puxa aos seus não degenera. Mas, a direção global é visionária, enxerga onde a vista não alcança, e para quem tem um pé ou os dois nas armadilhas e nos rigores do artigo 171 do Código Penal é recomendável se cercar de bons profissionais, que por sua vez são cercados por excelentes familiares, que por mera coincidência são influentes e poderosos nos labirintos do poder.

A Globo sempre deu emprego a familiares de figuras expoentes do poder, como ao filho do General Leônidas Pires Gonçalves, um negociador da transição da ditadura para o poder civil, quando ele, o golpe militar, expelia suas últimas flatulências. Mas, em matéria de agradar os poderosos e se cercar deles, ninguém superou “o velhote inimigo que morreu ontem”, que enchia os militares de cocada da Bahia em suas andanças por Brasília, entre os gabinetes dos milicos ou de seus asseclas. Só ele poderia ter cunhado a frase “quando quero agradar, sou igual uma prostituta” num momento candente de autodefinição em que muitos se espelharam e se espelham a cada dia. Plim, plim!

Charge: Bessinha

A Copa do Mundo de 2014 vai começar!


Com a classificação da seleção do Uruguai, ontem à noite, estão definidas as 32 seleções que participarão da Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil. A lamentar a ausência da seleção sueca e seu craque Ibrahimovic, autor do gol de bicicleta mais impressionante dos últimos tempos, em que pese a sua arrogância ao afirmar que a Copa sem a sua presença não vale a pena ser vista. Menos, santa!

A partir de agora a FIFA já pode montar seus potes que definirão os jogos e as respectivas sedes no sorteio que será realizado dia 06 de dezembro no Complexo Turístico da Costa de Sauipe – Bahia, na fase inicial e classificatória para os jogos subsequentes. No Grupo A estarão os “cabeças de chave” formado por seleções campeãs do mundo, além do país sede, que também é campeão do mundo, muitas vezes. Assim, num primeiro momento não se verão jogos como Brasil x Alemanha, Itália x Argentina ou Inglaterra x Alemanha já que como seleções campeãs terão seus jogos definidos com os representantes dos demais grupos.

No Grupo B estarão as seleções da Ásia, África e Oceania; no Grupo C as seleções das Américas e finalizando os representantes do Grupo D com as demais seleções da Europa, não consideradas "cabeça de chave" e mais um ou outro remanescente do Grupo C. Para cada “cabeça de chave” será sorteada uma seleção dos grupos B, C e D, compondo os três jogos primeiros de cada chave, com a posterior definição dos locais destes jogos. 

Quem comprou ingresso no escuro, às cegas, como qualquer torcedor que se fará presente aos jogos é torcer para que o ingresso do jogo adquirido traga a agradável surpresa de uma seleção de ponta e a habilidade dos craques europeus e americanos, do sul, além das sempre surpreendentes seleções africanas. Agora é esperar e torcer prá ver.

Foto: Hazard - Craque da seleção belga.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O negro segura a cabeça com a mão e chora


Em algumas capitais e municípios brasileiros é comemorado hoje o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, com feriado municipal, a exemplo do Rio e ao contrário das mais negras das capitais, Salvador, onde a data é festiva, mas sem interrupção das atividades comerciais e administrativas. A alegação é de que Salvador já não mais dispunha de datas em seu calendário de festas, para a inclusão de mais um feriado municipal em reverência ao reconhecimento nacional para o Dia da Consciência Negra. Mas, as homenagens ocorrerão em torno de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra e contra a discriminação racial, na instituição da data de sua morte como representativa da luta do povo negro pela sua libertação.

Em Salvador, o Pelourinho oferece uma variada programação durante toda a semana em homenagem ao Dia da Consciência Negra, com shows, palestras, seminários em seus vários espaços distribuídos por toda a área do Centro Histórico. Os largos Quincas berro d’água, Pedro Arcanjo, Teresa Batista, do Terreiro de Jesus, ruas do Pelourinho serão tomados por apresentações da Banda Didá, Afoxé Filhas de Ghandi, Cortejo Afro, Dão, da esfuziante Márcia Short, Caravana Black e por ai vai o povo festeiro da cidade regado a “cravinho”, cerveja gelada, “passarinha”, acarajé, capoeira, berimbau, muito samba no pé e na palma da mão.

Foto: Monumento a Zumbi dos Palmares, em Salvador (Praça da Sé)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Mulheres de hoje cantam a Nara de sempre".


Neste último final de semana esteve em Salvador, o ex-CQC Rafael Cortez, com o show de humor De tudo um pouco, no Teatro Sesc Casa do Comércio. Se lá estivesse teria assistido a apresentação e, contribuído para diminuir o desencanto do ator com a diminuta receptividade do público, em parte causado pelo feriado do dia 15, que deixou a cidade quase vazia, conforme email do Rafael em resposta a uma consulta que lhe fiz.

Rafael esta há algum tempo trabalhando na produção de um projeto em torno de Nara Leão a título de homenagem a inesquecível musa da bossa nova e de outros movimentos da música brasileira, intitulado “Mulheres de hoje cantam a Nara de sempre”, em que jovens vozes femininas irão interpretar o repertório de Nara. O projeto resultará em um show, com a gravação de CD e DVD com as músicas do espetáculo, além de depoimentos de amigos e familiares de Nara.

No material disponível no site do Rafael Cortez, há um vídeo de Nara e Chico, cantando Dueto, uma canção de Chico que há tempos não ouvia. Por certo, a última vez, como parte da trilha sonora do bom filme Amores Possíveis, de 2001, com o Murilo Benício, e Carolina Ferraz, da diretora Sandra Werneck. Só que no filme, já quando os letreiros começam subir com os créditos, sinalizando o fim, as vozes de Chico e Zizi Possi entoam: Consta nos astros, nos signos, nos búzios/Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no evangelho/ garantem os orixás. Mas, prefiro a gravação de Nara e Chico em vídeo.

Vídeo: Youtube (Dueto - Chico e Nara)

Sexta feira, depois das cinco.



- Alô!
- Alô! Nelinho Telefones, boa tarde!
- Boa tarde. Ô minha filha, eu quero falar com “Seo” Lourimar.
- Um momento, vou transferir para o setor dele.
- Alô! Quer falar com quem?
- Ô minha filha, é com “Seo” Lourimar, ele está?
- Não, ele não está, saiu.
- Será que ele vai demorar?
- Olhe minha senhora, hoje é sexta feira, quase cinco horas da tarde e dia de         
   hoje, ele costuma pegar exames da sogra.
- Ah! coitado, a sogra dele está doente?
- Eu não sei se ela está doente, mas pela quantidade de exames que ele pega às sextas,      depois das cinco, vai acabar matando a “véia”.
Foto: Ilustrativa