sábado, 9 de novembro de 2013

Bom Senso Futebol Clube


É comum os atletas de futebol terem nos pés a sobra de habilidade que lhes faltam nas palavras, nos pensamentos, nas idéias. Fora da malabarismo futebolístico, o cara é tão somente, uma anta. Ninguém pode ser tudo. Ou se é Neymar, Messi ou Marquinhos ou então membro da Academia Brasileira de Letras, se o domínio da bola fosse equivalente ao domínio intelectual. Para ficar no tempo que vivi, conheci a grandeza de Zico, Leonardo, Raí, Júnior, Sócrates, Falcão entre outros, que além de atletas inesquecíveis são cidadãos intelectualmente acima da média do futebol, cujo campo de percepção e conhecimento se limita às quarto linhas do gramado e, estamos conversado.

Por isso causou surpresa a criação do Bom Senso grupo que se dispõe a discutir com a CBF um calendário onde o atleta não seja obrigado a disputar, às vezes, três partidas em uma mesma semana, sem penalizar os clubes nem estourar os atletas com freqüentes contusões ou stress. Liderado por atletas da series A e B do Campeonato Brasileiro como Rogério Ceni (São Paulo), Juninho Pernambucano (Vasco), Paulo André (Corinthians), Juan (Internacional), Jeferson (Botafogo)Fernando Prass (Palmeiras), Alex (Coritiba), Edu Dracena (Santos), o grupo pretende salvaguardar os clubes e o próprio futebol brasileiro, assumindo um papel de protagonista e não de coadjuvante do meio, bastando para tanto que os clubes serviam de intermediário junto a CBF das reivindicações de seus atletas. 

É ai que o trem não anda, já que clubes e CBF mantém entre si uma relação promíscua e de interesses que não contemplam a saúde física ou mental de seus jogadores, temendo retaliações e a mão pesada e corruptora da entidade maior do futebol brasileiro, contra os seus filiados, os clubes. Mas, é um começo, que só merece elogios aos atletas que se engajaram e estão se mobilizando neste sentido. 

Foto: Atletas do Bom Senso   

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