terça-feira, 19 de novembro de 2013

Chave de cadeia.


"Um déspota de toga não é menos ilegítimo que um golpista fardado.

Joaquim Barbosa age na execução com a mesma destemperança com que se conduziu na relatoria da Ação Penal 470. A personalidade arestosa que se avoca uma autoridade irretoquível mancha a toga com a marca da soberba, incompatível com o equilíbrio que se espera de uma suprema corte.


Desde o início desse processo é nítido o seu propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática. Seu desabusado comportamento exalava o enfado de quem já havia sentenciado os réus, sendo-lhe maçante e ostensivamente desagradável submeter-se aos procedimentos do Estado de Direito.


A exceção do julgamento reafirma-se na contrapartida de uma execução despótica de sentenças sob o comando atrabiliário de quem não hesita em colocar vidas em risco se o que conta é servir-se da lei e não servir à lei.


A lei faculta aos condenados ora detidos o regime semi-aberto. A pressa univitelina de Barbosa e do sistema midiático, atropelou providências cabíveis para a execução da sentença, transferindo aos condenados o ônus da inadequação operacional.".

Texto: Fragamentos do artigo de Saul Leblon na Carta Maior

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