Desde a primeira apresentação quando o niteroiense Nando Motta cantou o samba Nós de Tião Carvalho, com muito balanço e modernidade, que identifiquei
nele um dos meus candidatos, e um provável finalista. Ontem então, foi a
confirmação do grande talento do cara em sua arrasadora apresentação em dupla, interpretando
Eleanor Rigby, que por um momento
deixou a placidez de sua linda melodia para ganhar uma fúria roqueira graças ao
arranjo perfeito para que ambos demonstrassem os artistas que são. Deu Nando Motta de quem já vi o vídeo umas “n”
vezes e sempre descobrindo detalhes musicais que ficam encoberto no calor e na
vibração que os grandes intérpretes nos causam. Mas, Rafael não ficou desamparado, já que foi pego pelo Carlinhos Brown que vai encontrar o tom
e música ideal para sua voz rouca que faz lembrar Rod Stewart.
Fato semelhante com a baiana Julia Tazzi, que hoje se apresenta com
sua banda Lily Braun no Sabor & Arte no Rio Vermelho e foi preterida em sua
apresentação com Rully Anne na canção Gril on fire da Alicia Keys que não se revelou uma boa
escolha para ambas, feita pelo Lulu
Santos, mas deu Rully Anne, sem
desamparar a nossa Julia Tazzi.
Mas,de baiano prá baiano, não podia finalizar
estes palpites sem falar do conterrâneo Mayllsson
que em dupla com Xandy Monteiro cantou
Adeus, América. Na interpretação
deles ficou evidente o excesso de floreios vocais que, aliás, tem sido uma característica
discutível em quase todos os concorrentes, estes malabarismos na voz tão
presente nos artistas americanos. Uma música que fala tanto de nossa
brasilidade, Adeus, América, em
contraponto com a influência americana em nossa cultura, tão bem realçada por João Gilberto neste samba do Haroldo Barbosa, pegou mal. O Mayllsson canta prá caramba e estas
brincadeiras infantis com a voz, como a querer mostrar mais do que é e é
muito, tornando-se desnecessária estes maneirismos musicais. Falei!
Foto: Rafael Furtado e Nando Motta
Nenhum comentário:
Postar um comentário