sábado, 23 de novembro de 2013

The Voice Brasil - 21.11.13

É um programa de televisão e, como qualquer programa de televisão que prima pela qualidade e pelo bom gosto, que é um padrão da TV Globo quando se trata de entretenimento, desde as primeiras imagens que este programa tem a obrigação de tomar o espectador pela mão, pelos olhos, pela emoção. Não foi diferente com a 3ª batalha do The Voice Brasil de 21.11.13 e a dupla formada pelo Lulu Santos com os excelentes Rafael Furtado e Nando Motta.

 Desde a primeira apresentação quando o niteroiense Nando Motta cantou o samba Nós de Tião Carvalho, com muito balanço e modernidade, que identifiquei nele um dos meus candidatos, e um provável finalista. Ontem então, foi a confirmação do grande talento do cara em sua arrasadora apresentação em dupla, interpretando Eleanor Rigby, que por um momento deixou a placidez de sua linda melodia para ganhar uma fúria roqueira graças ao arranjo perfeito para que ambos demonstrassem os artistas que são. Deu Nando Motta de quem já vi o vídeo umas “n” vezes e sempre descobrindo detalhes musicais que ficam encoberto no calor e na vibração que os grandes intérpretes nos causam. Mas, Rafael não ficou desamparado, já que foi pego pelo Carlinhos Brown que vai encontrar o tom e música ideal para sua voz rouca que faz lembrar Rod Stewart.

Fato semelhante com a baiana Julia Tazzi, que hoje se apresenta com sua banda Lily Braun no Sabor & Arte no Rio Vermelho e foi preterida em sua apresentação com Rully Anne na canção Gril on fire da Alicia Keys que não se revelou uma boa escolha para ambas, feita pelo Lulu Santos, mas deu Rully Anne, sem desamparar a nossa Julia Tazzi.

Mas,de baiano prá baiano, não podia finalizar estes palpites sem falar do conterrâneo Mayllsson que em dupla com Xandy Monteiro cantou Adeus, América. Na interpretação deles ficou evidente o excesso de floreios vocais que, aliás, tem sido uma característica discutível em quase todos os concorrentes, estes malabarismos na voz tão presente nos artistas americanos. Uma música que fala tanto de nossa brasilidade, Adeus, América, em contraponto com a influência americana em nossa cultura, tão bem realçada por João Gilberto neste samba do Haroldo Barbosa, pegou mal. O Mayllsson canta prá caramba e estas brincadeiras infantis com a voz, como a querer mostrar mais do que é e é muito, tornando-se desnecessária estes maneirismos musicais. Falei!

Foto: Rafael Furtado e Nando Motta

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