A primeira vez que fui ao Rio, 1975, sem nada conhecer, a não ser as fotografias das revistas
semanais e as “dicas” do PASQUIM,
leitura obrigatória à época, desembarquei na Rodoviária Novo Rio e pedi, naturalmente, ao taxista: Flamengo. Poderia ser Botafogo, Gávea, Laranjeiras, jamais São Januário, paixões clubísticas à
parte. Em uma das ruas do Flamengo,
próximo ao Largo do Machado, armei
minha tenda, quer dizer minha hospedagem e neste hotel que seria meu ponto de
partida e chegada nos breves dias cariocas.
Como havia chegado as 10,00 hs da manhã, tomei banho, arrumei minhas tralhas no quarto do hotel e fui almoçar em um bar\restaurante próximo ao hotel. Ali, fui apresentado ao feijão preto que aos meus olhos havia passado do ponto, em que pese à gentileza do garçom, baiano como nós, ter explicado que aquele era o “feijão preto” e que ficasse à vontade quanto a degustação, que o paladar era confiável. Confiei. Daí em diante, aqui em casa, o “feijão preto é o rei do terreiro.
Mas, em verdade, queria falar mesmo da minha
primeira experiência no Rio, andando pelo Centro.
Um chopp no Amarelinho, em
verdade alguns, vi em um dos teatros da Cinelândia,
a peça em cartaz, a Gaiola das Loucas,
com uma sessão às 17,00 hs. A peça havia estreado no ano anterior e era
sucesso, arrasa quarteirão, sessões após sessões. Fiquei por lá, na área e,
antecipei o ingresso para a sessão extra. Fiz bem. No palco, Jorge Dória e Carvalhinho, um casal
amalucado que tinha como filho, idem, não lembro se o Mário Gomes, ou outra promessa global, o que importou mesmo, foi o
riso desbragado, sem peias, como só os grandes comediantes são capazes de fazer.
Eterno Jorge Dória!
Foto: Jorge Dória
Nenhum comentário:
Postar um comentário