É natural que um artista faça a apresentação de composições pouco conhecidas e divulgadas de seu repertório no primeiro show que a sua agenda indicar. Foi isto que aconteceu ontem, à noite, na Concha Acústica do TCA com a presença de Flávio Venturini e banda. Músico oriundo da banda 14 bis, violonista, tecladista e compositor e com ligações musicais e afetivas naquilo que se convencionou chamar de grupo mineiro como Milton, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Fernando Brandt, ele também mineiro, Flávio quis brindar o público presente, que deveria ser mais numeroso, com estas composições, digamos lado B.
Só que às vezes a seqüência ininterruptas
destas músicas torna o público morno, pouco receptivo ou participativo, já que
faz parte de plateias como as da Concha,
independente do artista, cantar junto com o próprio, seus sucessos, aquelas de sua
preferência. Bom, que estas composições fossem apresentadas e não ficassem
estigmatizadas como meras “enche-lingüiça” nas 10 ou 12 faixas de um disco,
o problema foi a dosagem. Muitos foram e estavam ali para ouvir Espanhola, Nascente, Linda Juventude,
Planeta Sonho, Céu de santo Amaro, Noites com sol, Manoel, o audaz, Princesa,
Sol de primavera e mais, muito mais.
E, algumas delas até que apareceram, mas em um momento que o cansaço me pegou e me levou de volta prá casa. Flávio Venturini é um grande músico e merece o carinho e o aplauso da plateia, diminuta, repito, que foi a Concha em uma noite que a cidade estava repleta de bons espetáculos como o de Rosa Passos no Teatro Casa do Comércio e que penso ver no domingo.
Foto: Flávio Venturini
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