terça-feira, 5 de novembro de 2013

Beatriz, Chico e Edu.


Várias vezes Chico Buarque e Edu Lobo uniram seus talentos para comporem temas para o teatro, como os balés o Grande Circo Místico, a Dança da Meia-Lua ou o musical Cambaio, a peça de teatro O Corsário do Rei, surgindo nestas investidas algumas pérolas da música brasileira. Eles, se quisessem, poderiam ter ficado em Beatriz, a sua obra prima suprema, mas não, continuaram a nos presentear com canções admiráveis que só a capacidade poética e melódica de ambos poderia alcançar o nirvana em certas composições. São exemplos o Choro bandido, Valsa Brasileira, Sobre todas as coisas, A História de Lily Braun, Bancarrota blues, A mulher de cada porto, A moça do sonho e muito mais.

Com relação a Beatriz, a canção ganhou uma parceria benfazeja que é a interpretação de Milton Nascimento que se integrou de tal modo aos altos e baixos, agudos e graves da melodia que é como se fosse parte integrante do resultado conseguido por Chico e Edu. Em que pese todas as gravações que Beatriz já ganhou ninguém cantou nem cantará como Milton, aliás, ninguém mais deveria ter gravado a canção, desde a interpretação definitiva que Milton Nascimento deu a bela composição. 

Algumas intérpretes já colocaram sua voz na rica melodia de Edu e nos precisos versos de Chico com resultados que emocionam como as gravações de Zizi Possi ou Gal Costa, ainda que sobre ambas paire o espectro sonoro de Milton. “Se ela dança no sétimo céu/Se ela acredita que é outro país/E se ela só decora o seu papel/E se eu pudesse entrar na sua vida”.

Foto: Edu Lobo e Chico Buarque

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