terça-feira, 12 de novembro de 2013

Esse cara é ele.


Caetano Veloso em seu habitual destempero costuma morder para depois assoprar, dizendo que não disse o que disse. Diante do recuo do Rei, quanto aos seu posicionamento ao admitir as biografias não autorizadas, embora com a existência de um acordo, mesmo quem não se saiba que acordo possa ser este, Caetano estrilou: “E Roberto Carlos só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei. É o normal da nossa vida”.

Em seu coluna neste domingo no Globo e reproduzida na Tarde, o polêmico Caetano, numa tentativa de retratação, de correção do rumo de suas palavras afirma: "Mesmo que ele nunca mais queira me ver, continuarei amando 'Fera ferida' e 'Esse cara sou eu'. Minhas trombadas nascem de querer quebrar algum esquema cristalizado que me impacienta. Não tenho o direito, acho. Não sou terapeuta dele, nem palmatória do mundo”. Se isto é pedido desculpas ou pedido de perdão, estamos feito. Incluir entre suas preferências no repertório do Rei, a banal e pobre Esse cara sou eu soa bem mais como ironia e desqualificação que apreço. 

Talvez este assunto das biografias ainda não tenha rendido o que dele se espera, equilíbrio e bom senso na preservação da liberdade de expressão e da punição dos excessos cometidos contra aqueles que se sentiram feridos em sua intimidade, mesmo que até lá continue parecendo briga de comadre, bate boca em bar de esquina.  

Foto: Caetano e o Rei 

Nenhum comentário:

Postar um comentário