terça-feira, 19 de novembro de 2013

Rir, talvez seja mesmo, o melhor rmédio.


O cinema nacional tem mesmo o que comemorar em 2013. O aumento expressivo em arrecadação, se comparado ao ano passado, é indicativo de um avanço também na quantidade de produções que chegaram às telas este ano. Se bem que este aumento, quantitativo e financeiro, não se reflete na qualidade destes filmes, já que os puxadores de bilheteria são comédias com atores globais, que nem sempre primam pela excelência, mesmo com alguns bons atores, mas que funcionam como chamariz e determinante para este sucesso de público.

São produções de custo mediano, para o nosso cinema, mas com forte apelo popular como alguns dos filmes que vi, e que são exemplos Minha mãe é uma peça, Vai que da certo, De pernas pró ar 2, O concurso etc. Além destes campeões de público ao cinema, outras duas produções enfocando a carreira e obra do cantor e compositor Renato Russo estão entre as maiores bilheterias do ano, como Faroeste caboclo e Somos tão jovens. Esta mistura de comédia e biografia de ídolos populares, como Cazuza – O tempo não pára, Gonzagão, Os dois filhos de Francisco, talvez venha ser o novo filão do cinema brasileiro, ou por que estamos carentes de alegria ou com saudade de nossos artistas de sucesso. O que quer seja ainda estamos distantes de uma cinematografia a exemplo da Argentina que com produções de baixo custo consegue filmes interessantes, inteligentes e criativos.

A questão de investimentos, de produções caras para os nossos padrões de cinema, nem sempre são resultado de casa cheia, de plateias frenéticas em busca de bilheterias “arrasa quarteirão”. Os mais novos filmes de Bruno Barreto e Jayme Monjardim, respectivamente, Flores raras e O tempo e o vento com custos acima de 10 milhões de reais tiveram bilheterias bem aquém de seus custos, mesmo se tratando de bom cinema, bons atores e produção esmerada. É assim, de onde se espera é que pode não sair nada, mas vale continuar tentando e acreditando em nossa capacidade de fazer bom cinema, como já fomos capazes.

Foto: Cena de "Vai que dá certo"

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