Fim de ano, acerto de contas, contabilidade de
perdas e ganhos, emocionais ou financeiros, já posso iniciar a minha prestação,
tendo o crédito de ter visto e assistido um dos melhores shows do ano, Orquestra Rumpilezz e Lenine, no Teatro Castro Alves, em duas apresentações neste final de semana.
São destes encontros inusitados que a música se renova e se justifica como a
maior expressão de homem desde que ficou ereto, andando com seus pés, deixando
de lado a corcunda e o fardo de um peso que às vezes não merece. Às vezes!
O Brasil
precisa conhecer a Rumpilezz, se é
que já não conhece, atrasado como sou. Este caldeirão musical, da qual a Bahia é parte, com a sua negritude
sonora e racial, confirmando, ou não, que se o samba não nasceu por aqui,
jamais floresceria em outro terreiro, no Rio
Grande do Sul, por exemplo. Pouco importa onde, nos basta o ritmo, o som
dos atabaques, dos batuques, da ginga e do balanço que esta gente morena é
capaz. Queria falar mesmo, da Orquestra Rumpilezz
e de Lenine, juntos Bahia e Pernambuco, mas ainda estou
entorpecido pelos sons, pela música, pela interação destes artistas que nos
enche de orgulho. Viva a Rumpilezz e
Lenine!
Foto: Orquestra Rumpilezz
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