quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O gelo de Minas.


Em um sábado recente, na Barra, aguardava o momento de me juntar à multidão atrás do Farol, para mais uma atitude contemplativa diante de um novo por do sol, este espetáculo diário que a natureza nos proporciona, sem se repetir. Enquanto isso, fiquei em frente a um dos muitos bares do local, vendo lances da partida do Cruzeiro x Ponte Preta, em um telão de TV, jogos finais do Campeonato Brasileiro - 2013, com o time mineiro já praticamente campeão.

Em pé, fui convidado a sentar por um grupo que tomava cerveja e assistia com entusiasmo os lances da partida. Eram mineiros, cruzeirenses e atleticanos que trocavam amenidades esportivas, enaltecendo ou desmerecendo os times de Minas Gerais. Passei a fazer da mesa, dispensando a cerveja oferecida, já que trazia o latão da Schin a tiracolo e esperava o instante de me posicionar no Farol entre os assistentes do por do sol. 

Pela simpatia que tenho ao Cruzeiro me aliei àqueles que zoavam os atleticanos e o inicio e meio claudicantes nas partidas do primeiro e parte do segundo turno do campeonato. Em um desses momentos fui perguntado pelo cruzeirense se eu sabia que o Atlético era um time glacial, o que desconhecia. Foi explicado então que o hino do adversário traz o verso “nos somos campeões do gelo” o que ninguém sabe ao certo o que isto possa significar, já que o “hóquei sobre patins”, “esqui” ou mesmo “patinação” não são esportes populares ou mesmo praticados em Minas. Consultando depois o Hino do Atlético Mineiro, o estanho verso tá lá, de modo metafórico ou não, deve ser porque torcer pelo Galo não passa de uma gelada, uma fria, maledicência de cruzeirense.

Foto: Ilustrativa

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