Em um sábado recente, na Barra, aguardava o momento de me juntar à multidão atrás do Farol, para mais uma atitude contemplativa diante de um novo por do sol, este espetáculo diário que a natureza nos proporciona, sem se repetir. Enquanto isso, fiquei em frente a um dos muitos bares do local, vendo lances da partida do Cruzeiro x Ponte Preta, em um telão de TV, jogos finais do Campeonato Brasileiro - 2013, com o time mineiro já praticamente campeão.
Em pé, fui convidado a sentar por um grupo que
tomava cerveja e assistia com entusiasmo os lances da partida. Eram mineiros,
cruzeirenses e atleticanos que trocavam amenidades esportivas, enaltecendo ou
desmerecendo os times de Minas Gerais.
Passei a fazer da mesa, dispensando a cerveja oferecida, já que trazia o latão
da Schin a tiracolo e esperava o
instante de me posicionar no Farol
entre os assistentes do por do sol.
Pela simpatia que tenho ao Cruzeiro me aliei àqueles que zoavam os
atleticanos e o inicio e meio claudicantes nas partidas do primeiro e parte do
segundo turno do campeonato. Em um desses momentos fui perguntado pelo
cruzeirense se eu sabia que o Atlético
era um time glacial, o que desconhecia. Foi explicado então que o hino do
adversário traz o verso “nos somos campeões do gelo” o que ninguém sabe ao certo
o que isto possa significar, já que o “hóquei sobre patins”, “esqui” ou mesmo “patinação”
não são esportes populares ou mesmo praticados em Minas. Consultando depois o Hino
do Atlético Mineiro, o estanho verso tá lá, de modo metafórico ou não, deve
ser porque torcer pelo Galo não
passa de uma gelada, uma fria, maledicência de cruzeirense.
Foto: Ilustrativa
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