Entre os candidatos
fortes, os conservadores ficam, é claro, com Aécio.
Mas entre Marina e Dilma a opção tende a ser por Dilma. Por uma razão básica: eles
conhecem Dilma. Sabem o que ela pode
fazer e o que não pode fazer. Ela é previsível.
Marina, não.
A direita teme o que
ela possa fazer uma vez no Planalto.
E se ela, por exemplo,
decide cortar drasticamente as verbas publicitárias do governo federal?
Isso significaria um
alto risco para os 600 milhões de reais que, todos os anos, a Globo recebe em verbas publicitárias
governamentais.
Num momento em que a
internet assola as grandes companhias de mídia, fechar a milionária torneira
publicitária de Brasília – ou mesmo
reduzir o jorro – seria uma pancada fortíssima. Talvez letal.
Dilma não fará isso. Marina pode fazer. Quer dizer, pelo
menos na fantasia paranóica conservadora.
Não à toa, nos últimos
dias, a mídia começou a publicar seu medo de Marina.
“Marina presidente é
prenúncio de uma crise depois da outra”, disse o Estadão num editorial.
O Globo comparou-a a Jânio
Quadros. Jânio, um campeão de
votos como Marina, era ele, ele e
mais ele. Não se submetia à disciplina de partido nenhum.
Texto: Paulo Nogueira
Foto: Mmarina e Neca Setúbal
Foto: Mmarina e Neca Setúbal
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