segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A direitona quer por brida e rédea em Marina

A direita teme Marina.
Entre os candidatos fortes, os conservadores ficam, é claro, com Aécio.
Mas entre Marina e Dilma a opção tende a ser por Dilma. Por uma razão básica: eles conhecem Dilma. Sabem o que ela pode fazer e o que não pode fazer. Ela é previsível.
Marina, não.
A direita teme o que ela possa fazer uma vez no Planalto.

E se ela, por exemplo, decide cortar drasticamente as verbas publicitárias do governo federal?
Isso significaria um alto risco para os 600 milhões de reais que, todos os anos, a Globo recebe em verbas publicitárias governamentais.
Num momento em que a internet assola as grandes companhias de mídia, fechar a milionária torneira publicitária de Brasília – ou mesmo reduzir o jorro – seria uma pancada fortíssima. Talvez letal.
Dilma não fará isso. Marina pode fazer. Quer dizer, pelo menos na fantasia paranóica conservadora.

Não à toa, nos últimos dias, a mídia começou a publicar seu medo de Marina.
“Marina presidente é prenúncio de uma crise depois da outra”, disse o Estadão num editorial.
O Globo comparou-a a Jânio Quadros. Jânio, um campeão de votos como Marina, era ele, ele e mais ele. Não se submetia à disciplina de partido nenhum.

Texto: Paulo Nogueira
Foto: Mmarina e Neca Setúbal

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