O jornalista Lira Neto, autor do trilogia que conta a história do ditador e reformador Getúlio Vargas, conta que chegou a circular de mão em mão nas ruas
do Rio, uma paródia do “Pai-Nosso” em homenagem ao “pai dos pobres”.
“Pai dos pobres que estás em São Borja/Glorificado seja o vosso nome/Venha
a nós o vosso governo/Seja feita a vontade popular/Assim nas urnas como depois
da posse.../Não nos deixeis cair nas mãos da UDN/Livrai-nos doutro general e do Ademar/Amém”
O riso que a patifaria possa provocar é contido
pela assombração com a qual a atual conjuntura se apresenta, trazendo a possibilidade de vermos outra figura, sem
qualquer percentual de carisma do ditador gaúcho, arrastando um messianismo de
feira com seu batalhão de fundamentalistas evangélicos dispostos a converter e
conter a sociedade com o horror do fanatismo cristão.
Foto: Getúlio Vargas
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