sábado, 17 de janeiro de 2015

Gato por lebre

Em qualquer agenda cultural com a programação da semana, pode ser lido em todas as mídias da cidade que se dedicam a estas informações, que as quintas, sextas e sábados estará em cartaz no Espaço Xisto Bahia da Biblioteca Central, o espetáculo Nú buzú com direção e atuação de Tânia Toko, a Neuzão de Ó paí ó. Na entrada do teatro um enorme painel dá a mesma informação assim como na bilheteria. Com atraso regulamentar com que é tratado o espectador, entrei no teatro e encontrei como todos os presentes, um informativo sobre as poltronas que não me dei o trabalho de ler, pois logo as luzes começaram a se apagar, sinalizando o inicio da peça.


Ledo engano, ou Ledo Ivo como diria o saudoso Ivan Lessa, pois logo surgiu uma bailarina com uma dança do ventre, a seguir um grupo também dançando, uma tonta parecendo fazer uma dublagem de Donna Summer o que imaginei fosse um aperitivo para o inicio da comédia anunciada. Qual o quê! E tome lhe dança, dança e dança o que foi me incomodando ao tempo que resmungava “não tô entendo nada”, “não tô entendendo nada” sem que ninguém ouvisse meus protestos. Não aguentei levantei e sai. 

Na saída ainda havia alguém na bilheteria a quem me dirigi falando que tinha ido ao teatro assistir a comédia Nú buzú e não apresentações de dança, que embora não tendo nada contra estava ali com outro propósito. Ele pediu desculpas, e culpava a produção da peça pela falta de informação naquele sentido e nada podia fazer pois tinha fechado o borderô e não podia devolver o preço do ingresso. Não queria dinheiro de volta, mas respeito ao espectador que é sempre acusado de não prestigiar os atores da terra, não comparecer aos espetáculos etc. Por fim, apareceu alguém da produção que devolvendo o valor do ingresso, quase ajoelha aos meus pés, pedindo intermináveis desculpas. Muita falta de profissionalismo e seriedade. É difícil!

Foto: Ilustrativa

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