Misto de ressentimento e sentimento analítico a Senadora Marta Suplicy (PT) está arrumando as malas para deixar o Partido dos Trabalhadores do qual ela e
seu ex-marido, Eduardo Suplicy foram figuras marcantes em sua fundação e mesmo
consolidação como uma alternativa real de poder. O poder chegou e ao que parece
desestruturou algo novo e único na política brasileira, cujos partidos deixaram
de ser um amontoado de caciques para fazer ouvir as vozes dos índios e excluídos
de todos os matizes. Não foi bem assim, conforme se vê. Com a palavra Marta Suplicy:
“Cada vez que abro um jornal, fico mais
estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que
ajudei a criar a fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a
ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela
manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou
há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos
para os quais estou habilitada.
A decisão não está tomada ainda, mas passei um
mês e meio, dois meses chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção
enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para o
qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto
do PSDB e do DEM”
Foto: Marta Suplicy
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