domingo, 11 de janeiro de 2015

Ou muda ou acaba

Misto de ressentimento e sentimento analítico a Senadora Marta Suplicy (PT)  está arrumando as malas para deixar o Partido dos Trabalhadores do qual ela e seu ex-marido, Eduardo Suplicy foram figuras marcantes em sua fundação e mesmo consolidação como uma alternativa real de poder. O poder chegou e ao que parece desestruturou algo novo e único na política brasileira, cujos partidos deixaram de ser um amontoado de caciques para fazer ouvir as vozes dos índios e excluídos de todos os matizes. Não foi bem assim, conforme se vê. Com a palavra Marta Suplicy:

“Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar a fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.


A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para o qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto do PSDB e do DEM

Foto: Marta Suplicy

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