Entre melancólico e triste vejo certas tradições
da cidade de Salvador irem minguando
rumo ao desaparecimento, como parece estar fadada a procissão de Bom Jesus dos Navegantes. Sempre que
estou por aqui, e espero sempre estar, compareço a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia onde acompanho a
celebração da missa e a saída das imagens para a procissão marítima, durante a
manhã do primeiro dia do ano.
Nestes dois últimos anos, com a mudança da
festa do réveillon para a Praça do Mercado Modelo o que era pouco,
desapareceu, com a agressão dos tapumes em volta da Rampa do Mercado, tomando a visibilidade possível da saída das
embarcações rumo ao seu destino de peregrinação, fé e samba. Claro que não, mas
é como se fosse premeditado o esvaziamento de uma festa aos poucos vazias, para quem há pouco
tempo lotava áreas mortas do Comércio
em uma celebração sagrada e profana como são as festas populares da Bahia.
Segundo o Secretário de Turismo da cidade, a mudança dos festejos do réveillon
para aquele espaço da cidade é como um balão de ensaio que a população da
cidade irá opinar sobre a sua permanência ou não, o que duvido da intenção, mas
se depender de meu voto, digo: não
Foto: Procissão dos Navegantes
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