Mais uma Lavagem
do Bonfim, nesta quinta feira, dia 15, a mesma beleza de quem não se cansa
de apreciar e modestamente participar, como se houvesse gesto modesto naquela
esbórnia profana regada a samba, suor e cerveja, em que pese a estranheza destes
sambas dos blocos afros, que mais parecem uma aula de história do “crioulo
doido”. É a segunda maior manifestação popular do estado, perdendo apenas para
o arrasa quarteirão de festa e multidão que é o carnaval.
Já há alguns anos foi proibido a utilização dos jegues
puxando as carroças enfeitadas, em geral transportando senhoras e crianças,
atendendo uma ação da OAB e de
entidades protetoras dos animais contra os possíveis maus tratos sofridos pelos
jegues. Estas carroças sempre fizeram parte da lavagem, assim como as baianas,
os cavaleiros, as bicicletas que são alegorias tradicionais do cortejo.
Há um
preciosismo, um cuidado exacerbado destas entidades para com animais que sempre
serviram ao homem como força de trabalho, a exemplo do jegue, cavalo e burro. Queria
ver este rigor autoritário em eventos em que os animais são de fato violentados
e agredidos como o Rodeio de Barretos
e as vaquejadas espalhadas em qualquer canto do país. Parece que esta cultura
da proibição tem um pé fincado em atitudes governamentais ditatoriais de tempos
atrás e de triste memória. Já proibiram os trios elétricos, vieram os
jegues, em breve será o povo.
Foto: Lavagem do Bonfim
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