Quem não tem ou tem pouca procurou compensação
na cerveja quente, na marquise dos velhos prédios do Comércio, no embalo das bandinhas com marchas de antigos carnavais
ou na maluquice dos sambas de blocos afros. Motivação havia de sobra e gente e
muita gente, feia e bonita, valia tudo pela alegria da caminhada.
Como sempre, os políticos (ô raça!) se
aproveitaram do evento como termômetro para os seus próximos passos, como a
reeleição em 2016 e o pleito a governador em 2018. O notório Prefeito Netinho deitou e rolou na ausência
de nomes com outra densidade politica, que não havia, talvez o novo governador
que enfermo não compareceu ao cortejo. E assim ACM Neto reinou absoluto e fez com a claque de acompanhantes e
seguranças o saudasse a cada investida em acenos para a massa em festa, com aplausos
e fogos espocando no ar.
Mas, nada disso importa, o que ficou mesmo foi
uma festa popular que insiste em não morrer, como tantas de nossa cidade,
Graças ao Senhor do Bonfim. Só mesmo
o Carnaval para rivalizar como
tamanha manifestação de fé e festa do povo e visitantes da Bahia. Até onde deu prá ir, na Calçada,
valeu, até porque desde que acompanho a Lavagem
do Bonfim, o máximo que consegui em termos de aproximação da colina
sagrada, foi o Largo de Roma e dali
voltava cansado e encharcado de cerveja, quente. Salve Oxalá!
Foto: Lavagem do Bonfim
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