Tem chamado atenção daqueles que acompanham as
competições do PAN-2015, em Toronto, o fato de alguns atletas brasileiros,
medalhistas, baterem continência durante a execução do Hino Nacional, nas solenidades de premiação.
Estes atletas não são militares, mas fazem parte
do programa Atletas de Alto Rendimento
dos Ministérios da Defesa e do Esporte,
recebendo soldo, 13º salário, locais para treinamento, recursos humanos
qualificados nas comissões técnicas, plano de saúde, atendimento médico, alimentação
e alojamento etc.
Estima-se que 123 atletas da delegação
brasileira no PAN, de um contingente
de quase 600 atletas, têm relação com Exército,
Marinha e Aeronáutica, e que a continência
é uma recomendação, não uma obrigação, mas todos cumprem pelo reconhecimento e
por orgulho em fazer de algum modo, parte das corporações.
Mas, causa alguma estranheza, sim, até pelos fatos
recentes da nossa história, em que certos episódios continuam cobertos por uma
densa névoa de mistério e arrogância, principalmente quanto ao desaparecimento
de presos políticos, cujos corpos seus familiares reclamam tanto, em vão. De
qualquer modo não é uma evocação ao regime militar, nem qualquer apologia a sua
volta, como alguns “coxinhas”, covardes e ignorantes políticos, clamam.
Foto: Mayra Aguiar
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