quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O ônus de ser o que se é.


À reboque dos clamores populares e de polêmicas envolvendo pessoas relevantes no âmbito das atividades artísticas e intelectuais da sociedade, a Câmara dos Deputados resolveu por em pauta de votação um projeto de 2011 que trata da publicação de biografias não autorizadas, afastando o fantasma da censura prévia que rondava iniciativas e manifestações recentes.

O assunto ganhou novo debate, desde a proibição pelo Rei de sua biografia não autorizada, escrita pelo jornalista Paulo César de Araújo, com a chegada do instituto Procure saber, presidido pela Senhora Paula Lavigne e que representa expressivas personalidades de nossa música popular. Estes artistas exigem o pagamento de direitos autorais pelo uso de imagem e fatos de suas vidas biografadas, além e principalmente de ter a chancela a autorização do biografado para a sua publicação. Um livro “chapa branca”, uma louvação, tendo como pano de fundo a preservação do principio da inviolabilidade da vida de qualquer pessoa, em que pese ir de encontro à livre manifestação do pensamento e a liberdade de expressão, assegurados pela Constituição. Cuidados compreensíveis para ambas as partes e que deverão ser satisfeitos no projeto que irá a votação.  

O projeto deverá ser aprovado em regime de urgência com a inclusão de uma alteração estabelecendo que o Judiciário se manifeste de modo rápido e célere em questões que envolvam calúnias e difamações, onde o biografado possa se sentir vítima de acusações infundadas, sem embasamento ou comprovação. Natural, mas sem censura!

Foto: Ilustrativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário