quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quando não tinha nada, eu vim.

Teve inicio neste final de semana a 9ª Edição da Mostra SESC de Artes – Aldeia Pelourinho, até domingo próximo, dia 27, quando as ruas do Centro Histórico de Salvador e o Teatro SESC Pelourinho serão tomados por espetáculos de dança, música, teatro, artes plásticas e oficinas de capacitação. Estive na abertura da Mostra quando assisti na Arena do Teatro SESC SENAC Pelourinho ao show do artista paraibano, Chico César de quem conheço boa parte do repertório, desde o seu sucesso nacional com A primeira vista (“quando não tinha nada/eu vim/quando tudo era ausência/esperei”) na interpretação de Daniela Mercury, mas ainda não tinha visto uma apresentação sua.

A Arena do Teatro SESC SENAC Pelourinho não é um espaço muito grande para uma plateia acomodada em seus degraus em volta do palco, mas que foi tomada em toda a sua área por uma frequência que deve ter surpreendido os organizadores do evento, mostrando o quanto o artista tem um público cativo e fiel as suas apresentações. O desconforto foi o de menos para quem assistiu ao show Aos vivos, onde Chico César refaz a gravação de seu primeiro disco lançado em 1995 e transformado em DVD e também CD, em 2011, desfia uma sequência dos mais significativos momentos de sua carreira. A sua voz cortante e afinada vai costurando belos versos feito o aboio Béradêro, seguido por Mama África, Dança, Templo, Mulher, eu sei e outras que sua poesia afiada e nordestina nos coloca em contato com a originalidade de um grande artista.

No show do Pelourinho, além da companhia de seu violão e da guitarra, teve o auxilio de uma jovem artista baiana, cantora, compositora e acordeonista Lívia Matos, que também o acompanha nesta nova temporada de Aos vivos, uma celebração de 16 anos de sua gravação. Os breves dias que passei em Salvador não foram suficientes para acompanhar a Mostra SESC como gostaria, já que bons espetáculos estão reservados para este próximo final de semana, a exemplo da apresentação de Lirinha, vocalista, compositor e declamador da excelente e extinta banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado.

Foto: Chico César

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