A minha relação com o automóvel sempre foi
conflituosa e marcada pela imperícia e pela falta de desejo em tornar-me um
piloto, um grande volante. Talvez por ter adquirido o primeiro carro quando a
maioria dos meus contemporâneos já andava na “pole-position” das mais
diferentes marcas há muito e muitos anos.
Mas, quando a primeira
máquina nos chegou às mãos já estava devidamente habilitado por um certificado
conseguido em um balaio em Alagoinhas,
sem teste de rua, provas teóricas e exames médicos. Quem sabe, bastavam as seguidas
reprovações no DETRAN de Salvador, onde possivelmente
conseguiria a tal carteira pelo cansaço, pela insistência, pela “encheção” de
saco aos instrutores e examinadores.
Mas o automóvel sempre me despertou certo
fascínio, pelo menos aqueles que se tornam com o passar do tempo, peças de
museu, parte de um tempo onde brilhavam como o mais novo produto de nossa
indústria automobilística e uma espécie de característica da evolução dos
costumes consumistas. Tudo isto me fez andar pelo Campo Grande, neste final de
semana, em visita a uma exposição de carros antigos onde vi exemplares de
veículos que já repousaram em nossa garagem, como o Chevette, Passat, Parati e Monza estavam lá expostos como verdadeiros dinossauros de um tempo que passou e que nos
proporcionou momentos e passeios inesquecíveis.
Nesta exposição, fui apresentado enfim a um veículo
que só conhecia das reportagens de revistas especializadas, ou não, em
automobilismo e, que nunca esteve em nossas garagens como o Rolls Royce. Imponente, aristocrático, luxuoso,
coisa de gente fina, talvez esta tenha sido a razão de nunca ter um estacionado
em nossas garagens.
Foto: Rolls Royce
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