“O Brasil
vive um momento muito delicado. Os ânimos estão à flor da pele e o resultado
disso tem sido a polarização, o crescimento do ódio e dos ataques entre as
partes.
Nós sempre fizemos questão de nos manifestar
publicamente, em shows ou nas redes sociais, a respeito de opiniões que
discutimos muito entre nós. Foi assim no caso do Pinheirinho, da ocupação do Estelita,
nas Manifestações de Junho, contra a
xenofobia, a homofobia, o machismo, o preconceito…No dia do ocorrido, não foi
diferente. Manifestamos nossa opinião contrária a um ato que defendia a
intervenção militar no Brasil que acontecia perto dali, no mesmo instante em
que nos apresentávamos.
A reação imediata de parte do público foi “xingar o PT’’, dirigindo-se a nós com
dedos em riste. Até aí, sem problemas. Tentamos, em vão, explicar que a banda
não tem qualquer ligação com partido, que falávamos como artistas e que iríamos
tocar nossa última música — de um nordestino que nos inspira e nos orgulha,
chamado Luiz Gonzaga. Entre vaias,
xingamentos e alguns aplausos, tocamos nossa última música. Alto.”
Foto: Banda Bixiga 70
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