sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Os xénofobos de guarda-pó branco (I)


O Médico cubano Dr. Antonio Betancourt foi um dos primeiros a chegar a Novo Hamburgo – RS - hoje são 29 - e foi atender a população de Vila Palmeira, uma das áreas mais carentes da cidade. Com a palavra Dr. Antônio, como é conhecido:

“ - Eu fico muito contente com a reação dos pacientes. O acolhimento foi muito bom.

– No início, por causa da língua diferente, tivemos algumas incongruências, mas agora a comunicação está muito boa. Além disso, a relação médico-paciente é muito, muito, muito legal!

– Nós estamos trabalhando com uma população muito pobre. Eles precisam de mais atenção e amor, nós estamos fazendo o possível para dar isso.

– A reação dos médicos brasileiros contra nós, cubanos, foi também político-ideológica e não apenas corporativa.

– Logo que cheguei, fui trabalhar com uma médica brasileira totalmente contrária ao Mais Médicos. Ela não queria saber  da gente. Mas, depois de algum tempo, mudou de opinião e me disse: “Eu gosto de trabalhar com os médicos cubanos. Vocês dão mais atenção aos pacientes e nós temos de aprender como vocês fazem isso”. Hoje somos muito bons colegas. Eu acho que com o tempo a opinião dos médicos brasileiros em relação a nós vai mudar.

– A gente tem que lembrar que o paciente não é uma doença. Às vezes só de conversar com conosco, ele melhora. O entorno dele é quase sempre complicado e nós não podemos ignorar isso.”

Fonte: Luis Carlos Azenha

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