O Médico cubano Dr. Antonio Betancourt foi um dos primeiros a chegar a Novo Hamburgo – RS - hoje são 29 - e foi
atender a população de Vila Palmeira,
uma das áreas mais carentes da cidade. Com a palavra Dr. Antônio, como é conhecido:
“ - Eu fico muito contente com a reação dos
pacientes. O acolhimento foi muito bom.
– No início, por causa da língua diferente,
tivemos algumas incongruências, mas agora a comunicação está muito boa. Além
disso, a relação médico-paciente é muito, muito, muito legal!
– Nós estamos trabalhando com uma população
muito pobre. Eles precisam de mais atenção e amor, nós estamos fazendo o
possível para dar isso.
– A reação dos médicos brasileiros contra nós,
cubanos, foi também político-ideológica e não apenas corporativa.
– Logo que cheguei, fui trabalhar com uma
médica brasileira totalmente contrária ao Mais Médicos. Ela não queria
saber da gente. Mas, depois de algum tempo, mudou de opinião e me disse:
“Eu gosto de trabalhar com os médicos cubanos. Vocês dão mais atenção aos
pacientes e nós temos de aprender como vocês fazem isso”. Hoje somos muito bons
colegas. Eu acho que com o tempo a opinião dos médicos brasileiros em relação a
nós vai mudar.
– A gente tem que lembrar que o paciente não é
uma doença. Às vezes só de conversar com conosco, ele melhora. O entorno dele é
quase sempre complicado e nós não podemos ignorar isso.”
Fonte: Luis Carlos Azenha
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