O repertório pronto e já gravado com músicas
como Tropicália, Superbacana, Soy loco
por ti América, Eles, Paisagem útil entre outras, mas Caetano queria incluir uma canção de Caymmi no disco e, a escolhida
seria Dora, aquela rainha do frevo e
do maracatu. Então fez contato com Dori Caymmi pois ele devia ser arranjador da canção. Foram ao estúdio para gravação e
durante dois dias de tentativas o Dori confessou
não estar encontrando o tom apropriado, a linha melódica ideal, parecia não ser
capaz de tocar a tarefa de conceber o arranjo e desistiu.
Caetano percebeu ali uma indisposição, como quem tem má vontade no
projeto, em que o filho de Caymmi deve
ter se perguntado o que é que a canção de meu pai tem a ver com aquele
repertório. É possível, mas no disco vanguardista de Caetano havia canções tão líricas e igualmente belas como Dora, bastava ver e ouvir a linda Clarice, com letra de Capinam, ou Onde andarás, em que Caetano
musicou um poema do Ferreira Gullar
ou No dia em que eu vim-me embora
uma mansa e triste canção de despedida.
Li Verdade
tropical na época de seu lançamento, mas não lembrava o fato que já
indicava uma ruptura entre a MPB
tradicionalista e herdeira da bossa-nova e os tropicalistas que abririam
caminhos para novos horizontes na música brasileira. O resto é história!
Foto: Disco de Caetano (1967)
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