Há uma prática e mesmo um mau costume entre
programadores e apresentadores de programas de rádio, e da televisão, quanto a
omissão dos nomes dos autores da composição tocada, limitando-se a nomear a
canção e o artista. E não se observa o fato entre uma ou outra emissora, mas em
praticamente todas, não importa se a Globo
FM, Jovem Pan, Rádio Eldorado, Nova Brasil, A Tarde FM, entre as que escuto
apenas a Rádio Educadora da Bahia
tem o cuidado de após cada execução citar os nomes dos compositores, alem da música
e de seu interprete.
Assistindo o MPBambas, do Tárik de Souza
tendo como enfoque o compositor, poeta, professor de português e literatura
portuguesa, Abel Silva, sente-se a
justa pretensão de lembrar a quem cantarola determinados versos da canção
popular quem é o autor daqueles frases que podem fazer sorrir ou
chorar e mais, simplesmente alegrar o nosso dia. É possível que poucos saibam
quem é o letrista de Festa do Interior,
de Moraes e sucesso de Gal, ou Simples carinho, de João
Donato interpretada por Ângela Rô Rô,
Desenho de giz do João Bosco, na voz do próprio, o Primeiro jornal de Sueli Costa, na voz de Elis, Jura Secreta também de Sueli
Costa, enorme sucesso de Simone,
ou Asa Partida e Sangue e Pudins de Fagner é por aí vai numa lista interminável.
Pois nestas
composições estão os versos de Abel
Silva, alguns brilhantes, outros musicalmente perfeitos, nesta atividade
ainda mal lembrada em que pese certa notoriedade para Aldir Blanc ou Paulo César
Pinheiro além daqueles letristas que são seus próprios interpretes, como Chico, Caetano e Gil, para citar os
mais estelares.
Foto: Ângela Rô Rô
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