terça-feira, 11 de novembro de 2014

Só uma palavra me devora

Há uma prática e mesmo um mau costume entre programadores e apresentadores de programas de rádio, e da televisão, quanto a omissão dos nomes dos autores da composição tocada, limitando-se a nomear a canção e o artista. E não se observa o fato entre uma ou outra emissora, mas em praticamente todas, não importa se a Globo FM, Jovem Pan, Rádio Eldorado, Nova Brasil, A Tarde FM, entre as que escuto apenas a Rádio Educadora da Bahia tem o cuidado de após cada execução citar os nomes dos compositores, alem da música e de seu interprete.

Assistindo o MPBambas, do Tárik de Souza tendo como enfoque o compositor, poeta, professor de português e literatura portuguesa, Abel Silva, sente-se a justa pretensão de lembrar a quem cantarola determinados versos da canção popular quem é o autor daqueles frases que podem fazer sorrir ou chorar e mais, simplesmente alegrar o nosso dia. É possível que poucos saibam quem é o letrista de Festa do Interior, de Moraes e sucesso de Gal, ou Simples carinho, de João Donato interpretada por Ângela Rô Rô, Desenho de giz do João Bosco, na voz do próprio, o Primeiro jornal de Sueli Costa, na voz de Elis, Jura Secreta também de Sueli Costa, enorme sucesso de Simone, ou Asa Partida e Sangue e Pudins de Fagner é por aí vai numa lista interminável. 

Pois nestas composições estão os versos de Abel Silva, alguns brilhantes, outros musicalmente perfeitos, nesta atividade ainda mal lembrada em que pese certa notoriedade para Aldir Blanc ou Paulo César Pinheiro além daqueles letristas que são seus próprios interpretes, como Chico, Caetano e Gil, para citar os mais estelares. 

Foto: Ângela Rô Rô

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