Fim de ano chegando e alguns críticos de música
popular e tantos colunistas já se movimentam na escolha dos melhores discos de 2014, como o é caso do Mauro Ferreira do jornal O dia, e um blogueiro bem informado e
dos melhores da área.
O colunista recentemente fez uma prévia daqueles discos
que o impressionaram e que provavelmente farão parte de sua lista, como é o
caso de Gilbertos sambas CD em que Gil revisita, em uma seleção, os três
discos iniciais da carreira de João
Gilberto, gravações que são pilares da bossa nova. Prá mim, estes discos
são intocáveis e irretocáveis e a ninguém mais seria permitido deles se
aproximar, a não ser de joelhos, como se fosse possível. Gil
achou que era e o Mauro também,
tanto que deverá ser um de seus escolhidos.
Vou na contramão. Já falei sobre o disco do Gil aqui, do desperdício de tempo e voz
em um projeto que nada acrescenta às canções, nem a sua carreira. Estes sambas
dos discos de João, e standards da
bossa nova, estão tão impregnados de sua voz, seu balanço e divisão que nada
mais há a dizer, então “pra que discutir com a madame” música.
Há a voz de Gil colocada em um tom abaixo de sua
natural força e estridência, deixando as canções como que carecendo de ajuda
para a conclusão das frases musicais, onde apenas o seu violão soberano se
sobressai e se garante como um quase virtuose, no mais, só o silêncio que ele, Gil, deveria ter ouvido.
Foto: Gilbertos sambas
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