Não faça de tua vida um livro de contabilidade,
pois nela nada há a ganhar ou perder, apenas tu e contigo todas as coisas.
Era mais ou menos assim um dos parágrafos do Manual da Contracultura, escrito pelo Luis Carlos Maciel um dos colaboradores do Pasquim, nos anos 70, que aos poucos foi se desligando do
inesquecível semanário, já que as suas preocupações políticas e comportamentais
iam também se afastando do ideário do jornal.
Era a filosofia do movimento
hippie se espalhando em comunidades alternativas, a desilusão com a política a
partir de maio de 68, o endurecimento do regime militar, entre nós, a difusão
das drogas com a curiosidade por novos estágios de percepção, o uso da maconha
como fuga e busca da alegria e do prazer de viver, eram novos tempos, tempo do “faça o amor, não faça a guerra” “faz o que tu queres, pois é tudo da lei”.
Não foi, mas valeu a experiência da procura de
outros caminhos que a velha sociedade, que com suas regras e padrões, sufocava
todo aquele que tentava e saia do seu tom, como uma velha música aturdida com
outras sonoridades, outra poética, assim como alguém de 15 anos entoar “boemia aqui me tens de regresso”. Como
“regresso” se o “barato” ainda nem havia começado prá nós?
Sociedade Alternativa –
Raul Seixas
Sentado a beira do
caminho – Erasmo Carlos
Blowin the wind – Bob Dylan
É proibido proibir – Caetano Veloso
Mamãe coragem – Gal Costa
Pó da estrada – Sá Rodrix e Guarabira
Summertime – Janis Joplin
Like a rolling stone – Bob Dylan
Panis et circenses – Mutantes
Let the sunshine – Coral do Hair
Foto: Ilustrativa
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