segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O fim da BRAVO!



Fui assinante da revista BRAVO, por alguns períodos não consecutivos, como estava agora recebendo os exemplares regularmente. Como imaginava estar chegando ao fim a assinatura, em agosto liguei para a Editora ABRIL pedindo o cancelamento da Bravo, para voltar a assinar a PIAUÍ, de quem também fui assinante por períodos variados. Surpreso, fui informado que a assinatura tinha terminado em junho, mas que houve uma renovação automática, mesmo que não tenha autorizado, o que vem ser uma praxe indesejada de todas estas editoras de publicações semanais ou mensais. Naquele momento fui informado que a BRAVO estava encerrando a sua circulação e que naquele mês eu estaria recebendo o último exemplar, o que era uma noticia a ser lamentada, dada a qualidade da revista. Como já havia quitado, através de débito em conta, duas parcelas da assinatura não autorizada, receberia como compensação dois ou três exemplares da VEJA, o que dispensei de imediato, tal a ojeriza que sinto por aquele pasquim colorido.

Não houve um comunicado oficial para a saída da cena editorial, da revista BRAVO, mas o seu redator-chefe, Armando Antenore, na Carta da Redação, naquele último exemplar, faz uma despedida silenciosa num texto que aqui reproduzo: “Há despedidas que não encontram tradução. O que falar de um amigo que se muda para bem longe, um amor que morre, um projeto querido que se interrompe? Às vezes o melhor – o mais preciso e eloquente – é dar adeus em silêncio”. Valeu BRAVO!

Foto: O último nº da BRAVO

domingo, 29 de setembro de 2013

Enrolado com o xale da doida.

Charge: Cau Gomez

Carla Visi - Pura Claridade

Carla Visi é uma das boas vozes surgidas no balaio da “axé music” que transformou em estrelas, cantoras como Daniela Mercuy, Ivete Sangalo, Claudia Leite, Margareth Menezes e outras mais sem a visibilidade e projeção destas. Isto aconteceu, injustamente com Carla Visi que substituiu Daniela na Companhia Clic, uma das boas bandas pop da época e que conheci, ainda menina, em Morro do Chapéu, para logo depois ocupar o lugar de Márcia Freire, nos vocais da banda Cheiro de amor.
 
Mas, definitivamente, a “axé” não parecia um espaço confortável para o talento e a pretensão de Carla que partiu para carreira solo e projetos individuais sem no entanto ter a visibilidade merecida, até então, sem nunca deixar de buscar. Em 2008 assisti dentro da programação da Música no Parque, no anfiteatro Dorival Caymmi no Parque da Cidade, a apresentação da banda EME XXI, outro projeto de Carla em companhia de Márcia Short, Cátia Guima, bem bacana e que não prosperou, mas teria vida longa, pois a união das três funcionava bem no palco, nos vocais e no repertório, embora o talento de Carla fosse fulgurante na comparação

Chamou a minha atenção no programação de shows na cidade esta semana, o espetáculo no TCA, Pura Claridade, em que Carla Visi visitava o repertório de Clara Nunes, algo semelhante que hoje norteia o trabalho de outra baiana Mariene de Castro. Fomos sexta feira, dia 26, ver Carla Visi no Teatro Castro Alves. O show é todo calcado na obra de Clara Nunes o que deixa o espectador como um participante dos vocais tal a familiaridade com o vasto repertório da “mineira guerreira, filha de Ogum com a Iansã”. Espera-se que tudo tenha sido apenas uma homenagem, uma visita ao universo de Clara Nunes e que ela, Carla Visi, dona de um talento nato, encontrará, por certo, o seu caminho que com certeza não é o indicativo do que vimos em Pura Claridade. Ela pode mais, bem mais!
 
Foto: Carla Visi

sábado, 28 de setembro de 2013

Nova orla de Salvador


Começam hoje os trabalhos de modernização da Nova Orla de Salvador, com a interdição inicial do trecho que vai do Farol ao Barravento, na Barra, um dos locais da cidade mais visitados e freqüentados por visitantes e nativos.

É um projeto ambicioso e com certeza dotará a cidade de equipamentos turísticos e de lazer em uma área lamentavelmente degradada pela presença de pivetes, drogas, prostituição e toda esta mancha social que se espalha por cada canto da cidade. Embora sejam problemas que o embelezamento não resolverá, mas o projeto em sua amplitude e objetivo envolverá várias áreas da administração pública, contemplando ações sociais na recuperação da área.

A parte que envolve o trecho da Barra será entregue à população antes da Copa de 2014 e as demais etapas progressivamente de Itapuã até a  península itapagipana.  "Ó po sol como se põe/ E cobre de cobre o mar".

Maquete: Trecho da Barra

A sua maneira!

“Quem sabe este ano eu te encontre de novo/no meio da praça, no meio do povo/mortalha encharcada de cerveja até o pé/e a boca lambuzada de acarajé”. Este é um trecho de uma das muitas marchinhas de carnaval composta por Waltinho Queiroz para o Broco do Jacu, onde por sinal invadimos avenida em muitos carnavais, nos anos 70, ostentando o manto azul turquesa da entidade Lembranças como estas foram derramadas no placo do teatro Gamboa Nova pelo travesti Valéria, no show A minha maneira, quinta feira passada, já que ela era um dos destaques do “broco”, uma nascente celebridade, desfilando em carro alegórico do Hotel da Bahia à Praça da Sé. Uma zona.

Valéria, juntamente com Rogéria, é um dos famosos travestis do país, uma pioneira na bichice explícita, ao se vestir de mulher, no uso do silicone, se é que existia tal artifício à época ou tudo era enchimento nos sutiãs, e a barba e demais pelos eram escondidos ou eliminados por depilação ou doses cavalares de creme Como também fez uma carreira internacional em Paris, Barcelona, Uruguai, Argentina, Milão, Veneza, Firenze os casos surgem aos borbotões, acompanhados de doses freqüentes de champanhe, ou seria Sidra, cuja veracidade ou não fica por conta da excentricidade, do espalhafato, da fertilidade da imaginação própria das “loucas”.
 
Valéria é uma personagem, que faz com que os mais de 90 minutos de espetáculo fluam sem cansaço, sem nenhum favor de assistir sem sorrir. Quanta saudade do “Broco do Jacu”.
 
Foto: Divina Valéria

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Inutilidade lesgislativa.

Não é uma boa razão para desqualificar o Legislativo, um dos poderes do regime democrático, mas que serve como parâmetro para caracterizar o despreparo e a indigência intelectual do escolhido para a condução de um mandato de deputado, outorgado por expressiva, ou não, parcela da população que o elegeu. Os exemplos são numerosos na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia de projetos apresentados por estes senhores que são na sua essência inconstitucionais, sem pé nem cabeça, uma verdadeira maluquice que o cabide de emprego, que são os cargos de assessores parlamentares, poderia evitar se de fato fosse mesmo uma assessoria confiável e com um mínimo de embasamento legislativo.

Um projeto foi apresentado pelo deputado Jurandy Oliveira (PRP) que dispõe sobre o fornecimento, pelo Estado, de perucas para pessoas diagnosticadas com câncer e submetidas a tratamento de quimioterapia. Já a deputada Fátima Nunes (PT) parece direcionar sua preocupação com a festa e com a farra já que seu projeto concede ao servidor público o direito de ausência do trabalho, em um dia útil, a ser usufruído na data de seu aniversário. Com parlamentares assim, só nos resta mesmo lamentar, enquanto não aprendermos a escolher melhor os nossos representantes para o Poder Legislativo.

Fonte: Jornal da Metrópole  

O embate do dendê contra o ketchup.


A Copa das Confederações de 2013, em que Salvador foi uma das sedes da competição, funcionou como um aperitivo da interferência da FIFA no dia a dia da cidade e nos seus costumes seculares. Não dá prá esquecer, até porque o pior está por vir, o transtorno causado aos moradores do entorno da Arena Fonte Nova e de motoristas e transeuntes que tinham aquele local como passagem para os seus afazeres diários na ocasião daquele evento esportivo. 

Pois, de restrições em restrições sobrou para as baianas de acarajé que foram impedidas de comercializar os seus produtos na Arena, já que os produtos ali vendidos eram os mesmos que pasteurizados fazem parte do cardápio das lanchonetes dos shoppings, nada do primitivismo dos acarajés.

O Governo do Estado resolveu intervir e assegurar o direito das baianas de venderem os seus quitutes dentro da Arena em posição de igualdade com os hambúrgueres, cheeseburgeres e tantos quantos burgeres forem oferecidos. O dendê se não ganhou pelo menos não baixou a fervura e, encostou nos alienígenas, sem se americanizar, mesmo que em Jacobina tenha presenciado a heresia de ver o acarajé tendo como recheio, carne moída e ketchup.

Foto: Acarajés  

Acontece.

Não me canso de ouvir Cartola. Cada audição de qualquer canção de seu repertório é o contato com a poesia, o lirismo e a melancolia próprios de quem ama. Saber a origem do mangueirense, suas condições de trabalho, sua escolaridade são apenas constatações de sinais divinos naquele derramamento de singeleza de beleza sem par.

Conheço muitas gravações de artistas diversos que já visitaram e ainda passam por sua não tão extensa discografia, mas o suficiente para imortalizá-lo como um dos grandes poetas da música brasileira. Um exemplo é canção Acontece que embora gravada de Elizete Cardoso a Gal Costa, passando por Cazuza, Paulo Ricardo, Vânia Bastos e mais, com interpretações próprias e originais, é sempre uma referência quanto ao romantismo que pode ser bonito, envolvente, sem ser piegas. “Se eu ainda pudesse fingir que te amo\ah, se eu pudesse\mas não quero\ não devo fazê-lo\isto não acontece”.

Vídeo: Youtube
Música: Acontece - Paulinho da Viola e Cartola

Pai, afasta de mim este "facebook"

Quem for desocupado o suficiente poderá ver que as minhas intervenções pela página criada por Camila, para mim, no “facebook” são esporádicas, ao contrário do que deveria ser e estar mais presente. Mas confesso a minha impaciência com conselhos religiosos, frases de autoajuda, pretensas verdades filosóficas, humor de almanaque, constatações políticas bizarras, demonstrações otárias de vaidade. E o saldo não é bom. Fui afastado de um grupo, que não pedi prá fazer parte, por críticas que fazia, fiz e faço à “cidade alegre” como costumo opinar sobre o provincianismo, a deseducação e falta de imaginação em qualquer nível.
 
Aceitei solicitações de amizades e também as encaminhei, mas não fui o suficientemente cuidadoso para mantê-las, para estreitá-las e ter ao meu lado pessoas interessantes e também exigentes com a mediocridade que perpassa a maioria das páginas. Melhor assim, valeu a experiência frustrante do não prosseguimento, da adoção de novos amigos.

Quanto àqueles que me excluíram do seu rol de amigos, por este comportamento desleixado do não comprometimento, nenhuma queixa, nenhuma mágoa, fiz por merecer a aparente violência. Aliás, a violência que nos choca, nos atemoriza, nos afasta das ruas não é muito diferente daquela praticada por nós através de pequenos gestos, já que as atitudes dos outros são sempre condenáveis, ainda que sejamos capazes de igualá-las no conteúdo e na dimensão que nos fere.
 
Foto: Logomarca do Facebook.

Laços de Familia - Os 05 meses de Julinha.

Ontem, 26 de setembro, Julinha completou 05 meses de vida. Um aniversário a mais nesta escalada de alegria, felicidade que contagia todos nós. Seu crescimento, seu sorriso, seu silêncio que hoje precede ao choro compulsivo de meses atrás, seus olhinhos de azul piscina sobre nós é puro encantamento e poesia.

Estive em Morro do Chapéu há uma semana para visitá-la, assim como seus pais, e registrar em fotografias estes diversos momentos e estágios de sua vida, mas o vô desastrado e imperito no comando dos “clics” comprometeu suas poses, inviabilizando o registro. Mas, não de todo, pois utilizo fotos de seus pais, também recentes para marcar sua presença iluminada entre nós, aos 05 meses. Beijos babados do vô. 

Foto: Julinha e pais. 

Um arco-íris sobre o futebol.


Sempre achei que havia algo “cor de rosa” no mundo machista do futebol.  Não pela maledicência atleticana alimentada pelo goleiro cruzeirense, Raul Plassmann e suas espalhafatosas camisas amarelas, no Mineirão dos anos 70, onde era recebido com o apelido nada lisonjeiro, acredito, de Wanderléa, Wanderléa. Tampouco pelo folclore atribuído a certos goleiros que com uma mão espalmava a bola e com a outra apalpava o saco dos atacantes. Nada disso. Muito menos pela afirmação de Wanderlei Luxemburgo de que Emerson, ex-goleiro do Flamengo, Bahia e Vitória era, ou é, gay, sem falar na difamação recente ao jogador Richarlyson (São Paulo e Atlético-MG), ainda que o nome ajude, de que o atleta havia saído do armário, ou o mais recente ainda, o selinho de Emerson Sheik, em seu amigo Isac, para desespero dos “macho-marginais” do “curintians”.

Se há na verdade, e claro que há, um arco-íris sobre o mundo dos boleiros, ele se manifesta mesmo na comemoração dos gols. Ali, os afagos, os beijos, os abraços, os apertos e as compressões de corpos sobre corpos a cada gol marcado, pode funcionar como uma válvula de escape para os baixos instintos, tolerada pelos machos de todas as torcidas de qualquer clube. A revista PLACAR, em reportagem de seu último número traz o assunto em suposições ou difusas constatações de que fulano ou sicrano abaixa prá pegar o sabonete no vestiário. Apenas o ex-atacante do Lajedense da segunda divisão do campeonato gaúcho, Vilson Zwirtes, assume que dança na “boquinha da garrafa”. É gol! 
 
Foto: Futebol na Escócia  

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Bancários de resultado.


A greve dos bancários prossegue infernizando a vida dos correntistas, insensibilizando, como de costume, os banqueiros e enchendo funcionários de expectativas com as propostas não atendidas e nem sequer ouvidas. Já fui bancário e conheço o jogo, que perdi, por isso torço para que minha filha, hoje também bancária, procure outro caminho para a sua preciosa vida, seu tempo, sua inteligência, longe destes agiotas engravatados.

Novos tempos, novas formas de greve. Como bancário, as nossas greves eram decididas em assembléia no Estacionamento Apollo, na Avenida Sete, um amplo espaço totalmente tomado por uma categoria aguerrida. Os piquetes começavam pela madrugada e a distribuição dos funcionários nas portas das agencias, logo cedo pela manhã, impediam que alguns bancários reticentes furassem a greve e às vezes inflexíveis ao poder de convencimento dos ativistas e do comando central da greve. Havia uma politização própria daquele período que se manifestava nas reivindicações e nos protestos dos bancários, em especial no banco onde trabalhávamos, por ser uma instituição pública na esfera estadual, cuja manipulação política era visível e deplorável.

Hoje passo pelas agencias fechadas, aqui em Salvador, e vejo e pressinto que aquelas que pessoas que se postam nas portas dos bancos, impedindo a entrada de clientes não sejam bancários, mesmo que não haja uma identificação na cara, na cor, no jeito indicando ser um não funcionário daquela ou de qualquer outra agencia. São bancários de ocasião, que uma Van ou Topic desembarcam nas portas da agência, nas primeiras horas da manhã, ao custo de R$50,00 por cabeça, para fazer o papel que caberia aos bancários de fato. Logo um sindicato, que como tantos outros de qualquer categoria vociferam contra um projeto que tramita na Câmara dos Deputados permitindo a terceirização em qualquer nível por qualquer instituição pública ou privada. “Faça o que digo não faça o que faço”.

Foto: Ilustrativa  

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Essa bunda não é sua.


O nível de degradação e de indigência que a música popular alcançou nestes últimos tempos, de tão vergonhoso e rasteiro não deveria mais causar qualquer tipo de indignação ou surpresa, como se tudo já não tivesse sido visto e ouvido e, que a lata de lixo seria apenas mais um elemento sonoro da composição e não o recipiente de dejetos diversos, como a própria música executada. Uma espécie de metalinguagem; o uso do lixo para falar do mesmo.

Este final de semana em Morro do Chapéu em um barzinho, enquanto esperava a presença de outros familiares e amigos, um carro estacionou nas proximidades do estabelecimento. Como um autômato, o seu proprietário ou motorista, atendendo uma solicitação das profundas do inferno, levantou a porta do bagageiro do veículo, fazendo ecoar por todo o espaço o volume aterrorizante do seu trambolho musical para desespero de tantos quantos tiveram o desprazer dali se encontrar. “Essa bunda não é sua/ esse peito não é seu/tudo isso aí foi feito/com todo o dinheiro meu”, era só o inicio de uma lavagem de roupa suja em praça pública e cuja ladainha, provavelmente, só terminaria em uma delegacia de polícia juntamente com o motorista e seu trio elétrico, ambos enquadrado na lei de silêncio com apreensão do bagulho e a devida penalização pecuniária.

Logo os amigos chegaram e obedecendo a um sinal imperceptível aos nossos olhos e ouvidos levantamos ao mesmo tempo em qualquer direção e local, deixando para trás, o pobre diabo com a bunda e peitos que não eram seus, sendo cobrados a todo volume e talvez devolvidos ali mesmo, com o silicone escorrendo para a lata de lixo mais próxima, assim como os autores, os personagens e os ouvintes desta decomposição pública. 

Foto: Ilustrativa

Yes, nós temos tornado.

Em um dos episódios da 2ª temporada de Ó paí ó, na televisão, o prédio em ruínas, no Pelourinho, onde mora uma comunidade, uma fauna de variadas plumagens, ameaça desabar no momento em que Roque e seus amigos ensaiam em um dos cômodos do pardieiro, uma música de axé que eles irão inscrever em um festival. Nesta noite o prédio começou a tremer, soltando sobre a cabeça dos moradores pedaços de paredes, muita areia, madeiras velhas para o desespero de todos que abandonam às pressas seus espaços e se põem no Largo do Pelourinho a mirar a velha construção ainda de pé. Atônitos, todos perguntam o que aconteceu, quando um deles levanta a possibilidade de ter sido um terremoto. Ao que uma moradora, mais saliente e bem informada retruca: “que beleza, terremoto é coisa internacional, é uma prova do desenvolvimento galopante da Bahia”.

A galope ou não, mas com todo respeito às vítimas e aos desabrigados de Taquarituba – SP podemos dizer que já somos mesmos, de fato, uma das 10 maiores economias do mundo e podemos experimentar fenômenos naturais que pareciam ser exclusivos de Tio Sam, o grande irmão do norte, a maior economia do mundo. “Oh, Yes, nós temos tornado”. E podemos acrescentar aos nossos conhecimentos de geografia e meteorologia a curiosa e destruidora formação dos tornados. Uma massa quente da atmosfera é sugada por uma nuvem prestes a desabar em temporal etc, etc, etc. 

Depois dos terremotos, dos tornados é preciso mais atenção com os depoimentos de aluados em geral, constatando o contato e a existência do ET de Varginha, antes que ele ponha seus olhos grandes em direção da Argentina e vá procurar abrigo por lá; logo eles que já tem o Lionel Messi, o Papa Francisco, as frentes frias e as praias de Santa Catarina

Foto: ET de Varginha

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fim de festa!

Cheguei de Morro do Chapéu à 00;45 hs, de hoje, cansado e sem sono, mas pude sintonizar o final do Rock in Rio, com a banda americana e metaleira Iron Maiden. Não faço coro com o “heavy metal”, longe disso, mas impossível não se render ao profissionalismo e a habilidade de músicos como o baixista e guitarrista da banda, irrepreensíveis em solos arrasadores, bem como do carisma e da força da interpretação do seu vocalista, o Bruce Dickinson. Tudo perfeito para um final feliz com a plateia roqueira e metaleira ensandecida fechando as cortinas do Rock in Rio 2013.

Lembro da primeira edição do Rock in Rio, em 1985, que Ed se fez presente com um grupo de amigos paulistas, na noite também dedicada ao metal e com a presença do Iron Maiden. O contato de Ed com a música não ia muito além da trilha sonora do carnaval baiano e de um disco do Pink Floyd, aquele do prisma em uma capa preta. A sua presença na cidade do rock se deveu mais pela farra, pela festa, pela cerveja, Campari, uísque qualquer coisa que lhe pusesse em viagem, em transe, que propriamente pelo som dos metaleiros. Chegaram cedo e se acomodaram na fila do gargarejo próximos ao palco e às imensas caixas de som. Os acordes iniciais da apresentação da banda mostraram que aquele som era prá quem tinha tímpano de aço, o que evidentemente não era o caso de Ed, que já não ouvia muito bem o que em parte ajudava na absorção do som, amenizando a carga de decibéis a ser suportada, mas por outro lado comprometia ainda mais a sua escalada rumo a condição de “surdo feito uma porta”. 

Não chegou a tanto, mas depois do Rock in Rio e do Iron Maiden, em 1985, Ed passou a falar mais alto que de costume, indicando que a iniciação ao mundo do “heavy metal” pode ter sido um custo alto, como o comprometimento da audição. Grande Ed. “Amigo é coisa prá se guardar, no lado esquerdo do peito”

Foto: Bruce Dickinson

Mancha Azul!


Estamos a 16 rodadas do término do Campeonato Brasileiro 2013, mas a cada dia se torna mais evidente que a conquista do título pelo Cruzeiro é só uma questão de tempo, por falta de concorrente à altura do time mineiro. Até aquelas equipes que se mostravam como candidatas potenciais da conquista se revelam verdadeiros “cavalos paraguaios”, saem na frente, mas sem fôlego suficiente para o fim da disputa. Talvez venha a ser o mais fácil título de campeão brasileiro conquistado pela equipe mineira.

Internacional, Corinthians, Atlético-MG, Botafogo, São Paulo, teoricamente, candidatos à conquista vão se revelando incapazes de manter a mesma regularidade do Cruzeiro e fazem campanhas que não empolgam, nem inspiram confiança aos seus torcedores. Elogios merecem o Atlético Paranaense e Goiás que mesmo não chegando ao título são candidatos a uma das vagas na Copa Libertadores como prêmio para a campanha que orgulha os seus torcedores, ao contrário dos times nordestinos que sempre aparecem nos prognósticos da imprensa carioca como prováveis rebaixados a Serie B. Por falar na imprensa carioca, à frente Rádio e TV Globo, bairrista e parcial, não costuma olhar para o rabo, para trás, pois aí veria Vasco, Flamengo que só o “apito amigo” pode salvá-los da "canoa furada" do rebaixamento.

Foto: Torcida do Cruzeiro

domingo, 22 de setembro de 2013

Na boca do lixo.


Foi a noticia esportiva da semana que passou. Quando não está nas paginas policiais, esta às voltas com a justiça, como no caso recente da intervenção. Daí para o lixo era só uma questão de dobrar a esquina. E não demorou. As tão decantadas estrelas obtidas Deus sabe como, foram parar no lugar devido: o lixo. Pelo menos uma delas é um destes caso de apropriação indébita, já que o título de campeão brasileiro de 1959 foi disputado no “tapetão”, pois a modalidade só foi oficializada a partir de 1971, o que transforma a comenda em uma assombração, um gesto de visionário.

Depois de muita pressão de um clube paulista que tambem havia disputado um amistoso com um time nordestino, autoproclamou-se campeão brasileiro e a CBF, a casa de mãe joana de cariocas e paulistas, curvou-se à gritaria do poderoso time de São Paulo. Com a cancela aberta, quem se viu em situação semelhante reivindicou a mesma honraria, fazendo a história com as próprias mãos. 

Foto: Correio da Bahia.

sábado, 21 de setembro de 2013

Na escola de Regina Duarte.


“Não sei o que é mais ridículo, a presunção de importância ou a cafonice da interpretação”  (Francisco Bosco)

Ah, sim, Carla Perez melou o protesto, protestando tambem. 
 Não é sério, nem poderia.

Fonte: Blog - Vi o mundo

Atropelamento jurídico


Charge: Bessinha

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Do jeito que seu mestre mandou!



A imagem fantasmagórica das atrizes globais trajando preto, em protesto contra o voto do Ministro Celso de Melo, adiando o julgamento de alguns réus do famigerado “mensalão” e, que não absolve ninguém, nem se configura como qualquer tentativa ou artifício que leve a impunidade, é uma destas cenas que só não é mais ridícula, porque cada um delas, individualmente, já é um atentado ao ato de representar, ao oficio do ator. Exceção se há, o que lamento, é da atriz Nathalia Timberg, já que as demais como Suzana Vieira, Carol Castro, Bárbara Paz, Rosa Maria Murtinho fazem apenas mais um papel, uma teatralidade insossa, sem significado, sem importância como são as suas presenças no cenário da dramaturgia nacional.


Para quem carece de qualquer aprofundamento intelectual em suas ações, fazer caras e bocas no vídeo, em novelas principalmente, não lhes conferem a condição de atriz, pois lhes falta o estofo humano que lhe daria uma visão do mundo que transcende o nosso cotidiano, onde a liberdade tem que ser cultuada diariamente como um bem maior do cidadão, cujo cerceamento só atende ao totalitarismo, a intolerância, a negação do outro.

Foto: Atrizes em protesto

E a festa continua ...

Começou, a noite passada, a última etapa do Rock in Rio-2013 e foi do jeito que o diabo gosta e os metaleiros também, já que o dia foi dedicado às bandas de “heavy-metal”. E para recepcionar grupos como Metallica, Sepultura, o assombroso Ghost B.C e Alice in Chains, no palco principal, Mundo, uma multidão pouco convencional nos cortes e cores dos cabelos, nos gestos, caras e bocas, sinais com os dedos indicadores e mindinhos de qualquer das mãos, piercings onde houvessem cartilagens, músculos e peles, além da óbvia camiseta preta e dos coturnos idem. Sem contar um tímpano à prova de bala, quer dizer, decibéis.

Hoje, dia 20, a cidade do rock recupera, como direi, a sua normalidade com a volta do Bom Jovi, a estreia de Frejat e mais duas bandas pouco conhecidas no palco principal e, no palco Sunset artistas como o Afroreggae, Donavon, Mallu Magalhães, Bem Harper e mais, na continuidade deste evento musical único em nosso país, independente das nossas preferências sonoras.

Foto: Rock in Rio