Esta semana, em uma edição do Jornal Nacional, da TV Globo, não cronometrei o tempo, mas
foi algo de 2 a 3 minutos dispensados pela emissora em uma reportagem sobre a
posse do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, na Academia Brasileira de
Letras. Tempo longo, mas sempre dedicado aos seus apaniguados ou seus
desafetos que a depender da situação e do personagem adquirem uma equivalência
de peso na relação amor e ódio, bajulação e crítica, sempre de acordo com a
conveniência ideológica da TV, mesmo se tratando da pouca importância do fato e da
instituição como a ABL. O ritual de
pompa, circunstância e figurino se aproxima de uma ala de escola de samba, com
fardão, espada, colares e outros adereços, tornando o imortal quase uma caricatura
de si mesmo, não fosse a solenidade prenhe de formalismos e salamaleques poderia
ser quadro do Zorra Total, o que já
justificaria a demorada matéria da emissora.
O pavão da sociologia nativa disse, certa
feita, “esqueçam o que escrevi” frase e pedido que não chegou aos ouvidos dos
velhinhos da Academia, pois mesmo
assim não esquecendo o seu mafuá sociológico resolveu entronizá-lo no
panteão dos “imortais”. Assim como já havia imortalizado militares golpistas de
64, o Doutor Roberto Marinho, Zé Sarney entre outras nulidades,
poupando do vexame e da honraria barata, graças a Deus, verdadeiros e ilustres imortais
como Carlos Drummond, Cecília Meireles,
Mário Quintana e mais.
Como em situações assim, o vaidoso sapo beiçudo
da sociologia nativa, fez profissão de fé em sua cantilena democrática, sem esquecer
de disparar as costumeiras farpas críticas aos governos que o sucederam,
tecendo loas em laudas dos seus feitos nos seus dois reinados presidenciais.
Claro que aproveitou os tapetes dos nobres salões da Academia Brasileira de Letras para empurrá-los sob os mesmos, o
custo da aprovação do instrumento desastrado da reeleição, ao custo de 200 mil
por deputado votante; a privatização a preço de feira da Cia Vale do Rio Doce; de igual destino a Telebrás que foi rateada
entre amigos por qualquer dois mil réis, sina privatizante que por pouco não
ceifou a Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa. Mas a sua grande obra foi ter quebrado o país em duas
oportunidades, para depois envergonhado e de joelhos, com a cuia na mão, bater nas
portas do FMI, para erguer o país a um custo aviltante
que o seu sucessor conseguiu saldar. O homem certo no lugar certo, os salões
empoeirados da ABL. Esquece Brasil !
Foto: O imortal FHC.
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