quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Se é por falta de adeus, já vai tarde!

Voz embargada, olhos marejados, expressão compungida de como quem estivesse se penitenciando pela música vagabunda com que inundou seus 30 anos de carreira, sendo vocalista do Chiclete e Banana (grudento e escorregadio), o cantor Bel anunciou a sua saída do bando. Para quem se manteve a anos-luz de sua incompetência e indigência musical, não tem muito que ainda comemorar, pois a renúncia só se dará após o Carnaval de 2014 (afinal negócios são negócios; música é coisa de amador) e principalmente, que deixará o bando, mas seguirá em carreira solo (ninguém merece!). Estes 30 anos não só significam o padrão rasteiro que se tornou a tônica, o rumo da música carnavalesca baiana, mas a responsabilidade pelo alvejamento do carnaval da cidade, graças o seu atrelamento mercenário ao empresário do Bloco Camaleão, criando um gueto nazista para os brancos “parmalat” do sul do país.

Quem sabe as lágrimas ou as expressões teatrais do “chicletista” também fossem de remorso pelo abandono, desprezo e indiferença ao estado de saúde do ex-guitarrista Jonne, sofrendo de grave doença degenerativa a quem todos estes seus ex-colegas do grupo lhe negaram apoio e se comportaram de modo desumano com a sua situação (afinal negócios são negócios; sofrimento é coisa de noveleiro).

Quanto ao futuro musical do “chicletista” nada se sabe e, tudo de agora em diante pode ser mera especulação. Quem sabe abdique das ridículas madeixas de cabelos sintéticos; desfaça o torço na cabeça feito um rei nagô; exponha a calvíce e venha trilhar o mesmo caminho de Pablo, o rei do “arrocha”. Quem viver verá, quem não, não perderá nada, pois daquele mato jamais saltará coelhos.

Foto: Ilustrativa

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