quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Criança sem esperança!

As imagens captadas por um sistema interno de televisão, no final do mês passado, em uma lanchonete, no bairro de Ondina, em Salvador, mas somente divulgadas no inicio deste mês, chocam e comovem pela amoralidade da cena e pelo uso criminoso de uma criança de 08 anos de idade como instrumento do mal, mesmo que na sua inocência não caiba este juízo de valor, ao contrário de seus acompanhantes.

Um casal troca de lugar na lanchonete ocupando outra mesa e esquecendo sobre a mesma um aparelho celular. Um casal, com uma criança, em frente à mesa desocupada observa o esquecimento do celular e induz a criança a pegar o aparelho deixado sobre a mesa e colocá-lo no bolso traseiro de sua bermuda. Nota-se pelas imagens que a criança reluta, por vergonha talvez, nunca pelo discernimento (i) moral do gesto, mas mesmo assim obedece aos seus pais, consumando o roubo. Os três se levantam, vão ao caixa pagam a despesa e saem naturalmente da lanchonete com o objeto do roubo e a certeza, politicamente incorreta, de levar vantagem em tudo.

O proprietário do celular roubado observa a cena, imaginando que a criança teria sido orientada a lhe entregar o aparelho de volta, mas para o seu desapontamento vê a família deixando a lanchonete e um sentimento estarrecedor do desajuste social a que aquela criança foi e provavelmente será submetida.

Os jornais e as redes de televisão divulgaram a imagem do homem, pedindo a sua identificação e a denúncia ao Conselho Tutelar ou a delegacia de polícia mais próxima. Não foi necessário. Os três se apresentaram espontaneamente a uma delegacia de policia, foram indiciados e responderão o processo em liberdade, confessando o arrependimento. O homem é um sargento do Exercito, a criança, a irmã mais nova de sua mulher. Do acontecimento, os dois adultos poderão lavar suas culpas nas águas turvas de uma sociedade viciada e sem escrúpulo, quanto a criança não se sabe como o processo agirá em seu crescimento e em suas futuras ações, sendo clara a necessidade um acompanhamento psicológico e educacional para que não seja tragada pelas teias invencíveis do crime.

Foto: Ilustrativa

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