Quem for desocupado o suficiente poderá ver que
as minhas intervenções pela página criada por Camila, para mim, no “facebook” são
esporádicas, ao contrário do que deveria ser e estar mais presente. Mas
confesso a minha impaciência com conselhos religiosos, frases de autoajuda,
pretensas verdades filosóficas, humor de almanaque, constatações políticas bizarras, demonstrações otárias de vaidade. E o saldo não
é bom. Fui afastado de um grupo, que não pedi prá fazer parte, por críticas que
fazia, fiz e faço à “cidade alegre” como costumo opinar sobre o provincianismo,
a deseducação e falta de imaginação em qualquer nível.
Aceitei solicitações de
amizades e também as encaminhei, mas não fui o suficientemente cuidadoso para
mantê-las, para estreitá-las e ter ao meu lado pessoas interessantes e também
exigentes com a mediocridade que perpassa a maioria das páginas. Melhor assim,
valeu a experiência frustrante do não prosseguimento, da adoção de novos
amigos.
Quanto àqueles que me excluíram do seu rol de
amigos, por este comportamento desleixado do não comprometimento, nenhuma
queixa, nenhuma mágoa, fiz por merecer a aparente violência. Aliás, a violência
que nos choca, nos atemoriza, nos afasta das ruas não é muito diferente daquela
praticada por nós através de pequenos gestos, já que as atitudes dos outros são
sempre condenáveis, ainda que sejamos capazes de igualá-las no conteúdo e na
dimensão que nos fere.
Foto: Logomarca do Facebook.
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