Cheguei de Morro
do Chapéu à 00;45 hs, de hoje, cansado e sem sono, mas pude sintonizar o
final do Rock in Rio, com a banda
americana e metaleira Iron Maiden.
Não faço coro com o “heavy metal”, longe disso, mas impossível não se render ao
profissionalismo e a habilidade de músicos como o baixista e guitarrista da
banda, irrepreensíveis em solos arrasadores, bem como do carisma e da força da
interpretação do seu vocalista, o Bruce
Dickinson. Tudo perfeito para um final feliz com a plateia roqueira e
metaleira ensandecida fechando as cortinas do Rock in Rio 2013.
Lembro da primeira edição do Rock in Rio, em 1985, que Ed se fez presente com um grupo de
amigos paulistas, na noite também dedicada ao metal e com a presença do Iron Maiden. O contato de Ed com a música não ia muito além da
trilha sonora do carnaval baiano e de um disco do Pink Floyd, aquele do prisma em uma capa preta. A sua presença na
cidade do rock se deveu mais pela farra, pela festa, pela cerveja, Campari, uísque qualquer coisa que lhe pusesse
em viagem, em transe, que propriamente pelo som dos metaleiros. Chegaram cedo e
se acomodaram na fila do gargarejo próximos ao palco e às imensas caixas de
som. Os acordes iniciais da apresentação da banda mostraram que aquele som era
prá quem tinha tímpano de aço, o que evidentemente não era o caso de Ed, que já não ouvia muito bem o que em
parte ajudava na absorção do som, amenizando a carga de decibéis a ser suportada,
mas por outro lado comprometia ainda mais a sua escalada rumo a condição de “surdo
feito uma porta”.
Não chegou a tanto, mas depois do Rock in Rio e do Iron Maiden,
em 1985, Ed passou a falar mais alto
que de costume, indicando que a iniciação ao mundo do “heavy metal” pode ter sido um
custo alto, como o comprometimento da audição. Grande Ed. “Amigo é coisa prá se
guardar, no lado esquerdo do peito”
Foto: Bruce Dickinson
Foto: Bruce Dickinson
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