segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fim de festa!

Cheguei de Morro do Chapéu à 00;45 hs, de hoje, cansado e sem sono, mas pude sintonizar o final do Rock in Rio, com a banda americana e metaleira Iron Maiden. Não faço coro com o “heavy metal”, longe disso, mas impossível não se render ao profissionalismo e a habilidade de músicos como o baixista e guitarrista da banda, irrepreensíveis em solos arrasadores, bem como do carisma e da força da interpretação do seu vocalista, o Bruce Dickinson. Tudo perfeito para um final feliz com a plateia roqueira e metaleira ensandecida fechando as cortinas do Rock in Rio 2013.

Lembro da primeira edição do Rock in Rio, em 1985, que Ed se fez presente com um grupo de amigos paulistas, na noite também dedicada ao metal e com a presença do Iron Maiden. O contato de Ed com a música não ia muito além da trilha sonora do carnaval baiano e de um disco do Pink Floyd, aquele do prisma em uma capa preta. A sua presença na cidade do rock se deveu mais pela farra, pela festa, pela cerveja, Campari, uísque qualquer coisa que lhe pusesse em viagem, em transe, que propriamente pelo som dos metaleiros. Chegaram cedo e se acomodaram na fila do gargarejo próximos ao palco e às imensas caixas de som. Os acordes iniciais da apresentação da banda mostraram que aquele som era prá quem tinha tímpano de aço, o que evidentemente não era o caso de Ed, que já não ouvia muito bem o que em parte ajudava na absorção do som, amenizando a carga de decibéis a ser suportada, mas por outro lado comprometia ainda mais a sua escalada rumo a condição de “surdo feito uma porta”. 

Não chegou a tanto, mas depois do Rock in Rio e do Iron Maiden, em 1985, Ed passou a falar mais alto que de costume, indicando que a iniciação ao mundo do “heavy metal” pode ter sido um custo alto, como o comprometimento da audição. Grande Ed. “Amigo é coisa prá se guardar, no lado esquerdo do peito”

Foto: Bruce Dickinson

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