terça-feira, 3 de setembro de 2013

Vitor Ramil - Na sua.

É natural que todo artista busque cada vez mais um número crescente de pessoas para conhecer o seu trabalho, que se materialize a máxima de Milton e Fernando Brandt de que todo artista tem de ir onde o povo está. Não é sem razão que grande contingente de artistas esteja sempre se deslocando para Rio ou São Paulo, espécies de vitrines midiáticas, atrás desta exposição, desta visibilidade que aqueles centros ainda possuem e funcionam como difusor de uma cultura de massas. 

Com Vitor Ramil, irmão de Kleiton e Kleidir dupla que nos anos 80 teve esta exposição e reconhecimento público, o caminho não foi este. Já com dez discos gravados, Vitor preferiu a fidelidade a sua provinciana e conservadora Pelotas – RS e ali produzir uma obra que já extrapola os limites do Rio Grande do Sul para se espalhar pelo país e pelos vizinhos Uruguai e Argentina, quem sabe pela proximidade e vizinhança com estes países. Mas não só pela proximidade como principalmente pela qualidade de seu trabalho que faz como que músicos como o uruguaio Jorge Drexler ou o argentino Fábio Paez estejam retribuindo participações nos discos de cada um.

Mesmo tendo construído uma carreira à sombra dos grandes centros Vitor sempre esteve cercado, em seus discos, por músicos do naipe de Egberto Gismonti, Márcio Montarroyos, Marcos Suzano, Léo Gandelman, Hélio Delmiro e sendo gravado por Zizi Possi, Gal Costa, Milton Nascimento, Ney Matogrosso e a lendária Mercedes Sosa.

Vídeo: Youtube - Vitor Ramil (Estrela, estrela)

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