Mais uma sessão deste interminável julgamento do mensalão, esta a 53ª, mas para alguns ministros é como se fosse a primeira, já que os seus pré-julgamentos, as contundências condenatórias continuam inabaláveis, tal qual aquela sessão inicial. Nada mudou, nem mudará em seu voto, independente da ausência de provas, da falta de reconhecimento da legitimidade e da legalidade das defesas apresentadas, da desproporcionalidade das penas impostas em função dos possíveis delitos cometidos, nada abalará o “domínio do fato”, o difuso instrumento jurídico que orientou as condenações.
Nem se Deus descesse à terra pedindo clemência
e voz para os acusados, ministros como o senhor Gilmar Mendes, o amigo do senador cassado Demóstenes Torres, do presidiário e bicheiro Carlinhos Cachoeira, do estelionatário e banqueiro Daniel Dantas, lhe viraria às costas e
arrastaria seu mano preto e roto sobre um mar de exemplares da Constituição Federal de 1988,
impassível e soberano, certo do dever não cumprido e iria cuidar do que lhe interessa,
o seu latifúndio goiano.
Foto: Ministro Gilmar Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário