Os histéricos palpiteiros das redes sociais, os blogueiros, colunistas e editorialistas da grande mídia, a impertinente dona da “opinião pública”, que é a sua própria opinião, bem como de seus asseclas tiveram ontem o que merecerem, uma aula de direito constitucional, proferido pelo Ministro Celso de Mello, ele mesmo um dos mais ferozes acusadores dos réus da Ação Penal 470. A independência de opinião, não pode atropelar a independência e as particularidades das leis, já que cabe aos juízes (mesmo!) aplicá-las e não escamoteá-las segundo suas convicções pessoais ou ideológicas, nem a reboque desta mídia partidarizada, uma trincheira oposicionista que pensa influir em tudo ou quase.
Convém lembrar o desrespeito e o achincalhe que
os Ministros votantes pelo acolhimento
aos “embargos infringentes” sofreram nas redes socais e na pena de aluguel de
blogueiros e afins, diferentemente dos afagos aos Ministros Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia, Luiz Lux também indicados
pelos presidentes Lula e Dilma, mais os Ministros Marco Aurélio Mello e
Gilmar Mendes alçados a paladinos da democracia e da justiça com as
próprias mãos, tão a gosto da patuleia vociferante. Devagar com andor, a
barbárie vai chegar, mas antes a Constituição
terá que ser rasgada, mesmo que desrespeitada, por quem deveria velá-la.
Não se discute aqui a inocência ou mesmo a presunção
dela para os réus. Mas, que aos mesmos seja dado o direito de defesa e de que
se apresentem provas do crime ante ao furor condenatório de Ministros, como o do Senhor
Joaquim Barbosa, para quem os seus desejos, que coincidem com o da grande
mídia, devem ser feitos leis, independente das próprias ou da Constituição. “Faz o que tu queres,
pois é tudo da lei”. Não é, como mostra a vida em sociedade.
Foto: Ministro Celso de Melo
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