domingo, 15 de setembro de 2013

Toalha pra que toalha...


No inicio deste ano, uma funcionária da empresa de representação de vendas, onde trabalhamos, foi participar da convenção da Tecelagem Atlântica, em Santa Catarina, para apresentação de sua nova linha de toalhas de banho e de rosto, um dos principais produtos da empresa. Lá, chamou atenção dos demais participantes, não apenas a sua simpatia e sua pouca idade, mas principalmente o desempenho da representação no volume de vendas realizado até aquele momento, em especial da atividade da jovem preposta. Num destes momentos de confraternização, após as palestras e discussões sobre a nova campanha da empresa, ouviu de um representante do Rio Grande do Sul, em tom jocoso e de brincadeira, a observação de que como ela conseguia vender tantas toalhas de banho se no estado não havia água para este item da higiene pessoal. Claro que a intenção era a descontração do ambiente, o conhecimento e a aproximação entre os representantes, onde a piada, o chiste, por mais infame que fosse era pertinente naquela pausa dos trabalhos da convenção. Por outro lado ficou evidenciada a carga preconceituosa já assimilada por comentários semelhantes emitidos pelos sulistas em geral, onde o Nordeste é visto como um imenso deserto de flagelados e famintos, mortos de fome e sede. É esta imagem, até posterior constatação, para os que quiserem se livrar do estereotipo.

Os comentários deste pobre diabo paranaense, que ocupou as redes sociais a semana passada, transcende esta visão depreciativa dos nordestinos, para se configurar como um distúrbio de criação, de menino que se desgrudou da saia da vó para enfrentar um novo mundo, diferente daquele idealizado pelo seu ambiente familiar e talvez super dimensionado pelo “cacete armado” onde ela buscou a sua graduação. A atitude e os comentários deste desajustado, advogado do diabo, mostra que o curso de Direito é um dos mais degradados do sistema de educação universitária, onde as reprovações, praticamente em massa, nos concursos da OAB sinalizam a qualidade rasteira deste tipo de graduação acadêmica. 

O ensino à distancia, com raríssimas aulas presenciais, instalado em qualquer “cacete armado”, em ponta de rua, propicia a formação de profissionais degenerados sem o mínimo de preparo humano para lidar com a verdade e com mentira, já que ele próprio, o advogado, é uma farsa, uma mentira a denegrir a imagem da profissão que ele trombou. Se pelo menos estivesse julgando o “mensalão”, eles se complementariam. 

Foto: Ilustrativa

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