sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Um arco-íris sobre o futebol.


Sempre achei que havia algo “cor de rosa” no mundo machista do futebol.  Não pela maledicência atleticana alimentada pelo goleiro cruzeirense, Raul Plassmann e suas espalhafatosas camisas amarelas, no Mineirão dos anos 70, onde era recebido com o apelido nada lisonjeiro, acredito, de Wanderléa, Wanderléa. Tampouco pelo folclore atribuído a certos goleiros que com uma mão espalmava a bola e com a outra apalpava o saco dos atacantes. Nada disso. Muito menos pela afirmação de Wanderlei Luxemburgo de que Emerson, ex-goleiro do Flamengo, Bahia e Vitória era, ou é, gay, sem falar na difamação recente ao jogador Richarlyson (São Paulo e Atlético-MG), ainda que o nome ajude, de que o atleta havia saído do armário, ou o mais recente ainda, o selinho de Emerson Sheik, em seu amigo Isac, para desespero dos “macho-marginais” do “curintians”.

Se há na verdade, e claro que há, um arco-íris sobre o mundo dos boleiros, ele se manifesta mesmo na comemoração dos gols. Ali, os afagos, os beijos, os abraços, os apertos e as compressões de corpos sobre corpos a cada gol marcado, pode funcionar como uma válvula de escape para os baixos instintos, tolerada pelos machos de todas as torcidas de qualquer clube. A revista PLACAR, em reportagem de seu último número traz o assunto em suposições ou difusas constatações de que fulano ou sicrano abaixa prá pegar o sabonete no vestiário. Apenas o ex-atacante do Lajedense da segunda divisão do campeonato gaúcho, Vilson Zwirtes, assume que dança na “boquinha da garrafa”. É gol! 
 
Foto: Futebol na Escócia  

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