terça-feira, 17 de setembro de 2013

É doce, mas não é mole.


A rapadura aos poucos vai deixando a mesa e a sobremesa do nordestino, do sertanejo, para se aninhar nos salões da alta gastronomia. Melhor dizendo, se transferindo em parte, já que a rapadura um dos traços culturais mais forte de nossa herança colonial e mesma da escravidão, jamais deixará de frequentar o embornal, a cuia, o prato do trabalhador rural e das cidades do Nordeste, adoçando suas vidas e lembrando sempre o dito popular que “é doce, mas não é mole”, como o seu viver.

Os cursos do Senac de São Paulo já dispõe de estudos em que a rapadura ganhou uma extensão na área de Gastronomia e, já está sendo adotada por prestigiados chefes de cozinha de renomados restaurantes paulistas, passando por uma lavagem de sofisticação para se apresentar ao fino paladar dos endinheirados, não como um alimento do povo pobre do Nordeste, mas como uma iguaria originária dos povos mouros. Ah, bom! 

Alguns chefes destes restaurantes dão dicas das diversas maneiras fáceis de comer a rapadura, em casa:
- Um pedacinho, acompanhando o café.
- Recubra pedaços com chocolate amargo, derretido.
- Um naco, dentro de um copo de cachaça.
- Ralada, com leite quente.
- Batida no liquidificador com leite frio.
- Esfarelada, junto com iogurte ou sorvete.
- Ralada, com azeite e limão cravo, no molho da salada.
- Derretida, como calda para sorvete.
 
Foto: Ilustrativa 

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