A derrota do Cruzeiro em sua estreia na Copa Libertadores - 2014, para um timeco inexpressivo do Peru, de nome impronunciável, foi o de menos naquela partida, pois todos sabemos do potencial do campeão brasileiro e de sua capacidade de reverter com vantagem o resultado aqui em Belo Horizonte.
O que conta mesmo daquela noite foi a atitude
da torcida peruana contra o jogador Tinga
do Cruzeiro que cada vez que tocava
na bola era vaiado e insultado com gestos de macaco, direcionado a sua pessoa, ao
substituir o Ricardo Goulart. O comportamento
canalha da torcida do time peruano teve de imediato o protesto de todo
esportista que vê o esporte como algo saudável e acima das diferenças, das
desigualdades, não cabendo a cretinice racista nos estádios.
Logo o Peru que tem um grau de mestiçagem bem
superior ao nosso, dada a mistura de índios, europeus, asiáticos e mesmo
africanos, se insurge com um representante de uma raça que também faz parte de
sua etnia, de sua formação. Mas isto é papo circunscrito à antropologia que
torcedor de futebol não alcança e, está mais próximo da repressão policial ou
judicial a quem compete coibir, quando não educar certos trogloditas que não
conseguem conviver com os desiguais.
Foto: Tinga, atleta do Cruzeiro
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