segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A era do gelo

Vejo na programação da TV aberta, como Globo e Band e em canais fechados como Sport TV, a visibilidade e o tempo de transmissões nas grades de programação destas emissoras, dedicado às Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia. Um tempo excessivamente longo se comparado a outro evento mundialmente mais importante e de acessibilidade a qualquer esportista, como as Olimpíadas de Londres em 2012, quase que ignorado, pois estas mesmas grandes redes. 

Se bem que com relação a Londres-2012, havia o odioso instrumento da exclusividade na transmissão das competições, a cargo da Record, cujo fiasco, além do prejuizo, foi uma medalha no pescoço de quem se viu privado da transmissão por quem tem competência e experiência para fazê-la. Embora, dinheiro e Record sejam almas gêmeas, se completam, carne e osso, pois se a coisa vai mal, em termos de vermelho contábil, o bispo roda a sacolinha antecipando o dízimo e prorrogando o milagre.

Mas voltando a Sochi, como se volta ao Morro, tamanho o frio polar, cabe a pergunta inquieta que ronda os nossos olhos televisivos; o que é que nos temos com isso, com a esquisitice de esportes cujo nome nem importa saber, pois jamais será visto por aqui? Como ilustração da bizarrice de um destes esportes, chamou minha atenção um atleta empurando uma especie de dardo, só que mais encorpado, enquanto dois outros atletas seguem o objeto portando uma especie de vassoura como que abrindo o caminho, limpando a trajetória para que o dardo alcance o círculo que parece ser o objetivo do arremesso. A cena beira a patetice, mas deve ter lá suas emoções reservadas aos participantes e aficionados.

Foto: Encerramento das Olímpiadas de Inverno - 2014

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