Tudo se transformou

Logo cedo, pela manhã, escutei de algum lugar o bonito samba de Paulinho da Viola, Tudo se transformou, na interpretação perssonalísima de Caetano, ao vivo e ao violão, em uma gravação de um evento organizado pela sua gravadora. A multinacional Phonogram, mais tarde Universal, possuia como contratados, em 73, os mais representativos nomes da música brasileira, e reuniu todos eles ou grande parte deles em um evento chamado Phono 73, relaizado em maio daquele ano no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, ou como demonstração de sua força mercadológica ou mera vaidade mesmo.

Quem conhece a canção na voz de Paulinho da Viola, seu autor, percebe que Caetano em sua gravação suprime alguns versos da primeira parte, que para quem não conhece a gravação original e passa a conhecer a partir da gravação do tropicalista, chega a não sentir falta dos versos limados. Mas, Caetano não canta “Onde havia a luz do sol/Uma nuvem se formou/Onde havia uma alegria para mim/Outra nuvem carregou”, retomando a letra e a melodia a partir de “e a razão dessa tristeza...”. Perfeito, Caetano consegue mudar o curso da história, para tornar melhor o que já era excelente.

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