Hoje o Rio
Vermelho se enche de flores brancas e presentes para Iemanjá, a Rainha do Mar.
Uma das poucas festas populares de Salvador,
juntamente com a Lavagem do Bonfim,
que sobreviveu a mudança dos tempos e dos hábitos da cidade. Diferentemente da Lavagem onde há uma interação entre o
povo de santo e símbolos do catolicismo, no dia 2 de fevereiro a homenagem é para Odoiá, a Rainha do Mar,
estrela do candomblé e reverenciada pela comunidade de pais, mães de santo e
seguidores de seus preceitos.
Desde cedo começam a se formar filas para a
colocação de presentes nos balaios que serão levados ao mar com as oferendas
para Iemanjá, por uma multidão que se
comprime em volta da casa da Colônia de
Pesca, no largo Rio Vermelho, a
casa também da Rainha do Mar. O
bairro do Rio Vermelho, que já é um
reduto da boêmia baiana, mas que nunca faz jus a referência pela quantidade de
barracas com bebidas e comidas que se espalham por toda orla e ruas do bairro,
ao som de bandas e batuques de samba, chula e samba de roda.
Poucas vezes fui ao 2 de fevereiro, não por falta de simpatia e identificação com a celebração, mas pela geografia do bairro e suas ruas estreitas, pouco apropriadas para receber número tão grande de fieis e visitantes debaixo de um sol escaldante como é comum nesta época do ano. Por estar longe de Salvador, talvez este ano aparecesse por lá, por ser domingo, dia de sol, mais que sugestivo para embalar as ondas do mar de Iemanjá.
Fotos: Ilustrativas
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