Foi dada a largada para o “bota-fora” da
quartelada de 31 de março de 1964 que tristemente lembramos há 50
anos e que infelicitou por 21 anos a vida de nosso país e de sua trajetória em
busca da consolidação das liberdades democráticas e constitucionais.
Uma escola pública em Salvador, após eleição entre alunos, funcionários, professores e
pais decidiu mudar o nome da escola, banindo o nome do ditador e torturador Emílio Garrastazu Médici de sua fachada
e denominação, para dar lugar ao inimigo número um desta mesma ditadura, o baiano
guerrilheiro e militante comunista Carlos
Marighella, assassinado pela repressão militar.
Marighella foi morto pela força
repressiva do governo chefiado pelo ditador cujo nome agora substitui na escola
pública de Salvador, fato que deveria se espalhar por todo país, limando dos
viadutos, praças, estradas, avenidas, vales, escola, prédios públicos toda e
qualquer referência a estes traidores da pátria, párias da constituição em
vigor na época, maus brasileiros responsáveis por esta “página infeliz de nossa
história”.
Assim como os nossos irmãos da América do Sul, vítimas também da sanha
assassina desta gente, puseram e estão pondo na cadeia estes cidadãos de quinta
categoria, nós também, através da Comissão
Nacional da Verdade temos que exigir os corpos dos brasileiros
desaparecidos e a responsabilização por todos os crimes cometidos em nome de
uma ordem constitucional ilegítima criada por eles mesmos para o acobertamento
de suas atrocidades antidemocráticas.
Foto: Ilustrativa
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