quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sai o ditador, entra o militante.

Foi dada a largada para o “bota-fora” da quartelada de 31 de março de 1964 que tristemente lembramos há 50 anos e que infelicitou por 21 anos a vida de nosso país e de sua trajetória em busca da consolidação das liberdades democráticas e constitucionais. 

Uma escola pública em Salvador, após eleição entre alunos, funcionários, professores e pais decidiu mudar o nome da escola, banindo o nome do ditador e torturador Emílio Garrastazu Médici de sua fachada e denominação, para dar lugar ao inimigo número um desta mesma ditadura, o baiano guerrilheiro e militante comunista Carlos Marighella, assassinado pela repressão militar.

Marighella foi morto pela força repressiva do governo chefiado pelo ditador cujo nome agora substitui na escola pública de Salvador, fato que deveria se espalhar por todo país, limando dos viadutos, praças, estradas, avenidas, vales, escola, prédios públicos toda e qualquer referência a estes traidores da pátria, párias da constituição em vigor na época, maus brasileiros responsáveis por esta “página infeliz de nossa história”.

Assim como os nossos irmãos da América do Sul, vítimas também da sanha assassina desta gente, puseram e estão pondo na cadeia estes cidadãos de quinta categoria, nós também, através da Comissão Nacional da Verdade temos que exigir os corpos dos brasileiros desaparecidos e a responsabilização por todos os crimes cometidos em nome de uma ordem constitucional ilegítima criada por eles mesmos para o acobertamento de suas atrocidades antidemocráticas.

Foto: Ilustrativa 

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