sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Uma das 365 igrejas da Bahia.

Caymmi cantou que a “Bahia tem 365 igrejas”, mas creio que a informação seja apenas um recurso poético e de estilo que propriamente um dado estatístico. A ser verdade o dado musical de Caymmi, não chego a conhecer nem 10% deste contingente de templos religiosos espalhados pela cidade, apesar de morar por aqui há tanto tempo e freqüentar com certa regularidade estes locais sagrados, que na verdade já foi bem maior. 

Das igrejas que conheço tenho predileção pela Igreja de São Bento, na ladeira de mesmo nome. Ela foge àquele padrão de estilo que privilegia o ouro e a ostentação em linhas barrocas como marca do poder da igreja e do agrado do colonizador numa demonstração de força e poderio que já desfrutou a Igreja Católica. A Igreja de São Bento representa um majestoso templo de linhas arquitetônicas neoclássica, despojada em suas colunas e altares do brilho, de santos e anjos rechonchudos, coloridos e esteticamente belos. 

Não que a Igreja de São Bento exiba uma pobreza franciscana que nos apiede e comova, ao contrário, esta simplicidade de sua arquitetura de origem clássica, mas que virou na medida de sua construção ao longo dos anos, uma bagunça estilística de difícil catalogação, que dá sentido a sua beleza e a sua imponência. 

Foto: Igreja de São Bento - Salvador-Ba 

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